A prefeitura de Macaé e o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) querem difundir a Propriedade Intelectual em âmbito regional. Para isso, o município foi escolhido pelo Instituto para sediar o Seminário Propriedade Intelectual como Instrumento Estratégico para o Desenvolvimento Industrial e Tecnológico, realizado na segunda-feira (05) no auditório do Laboratório de Engenharia de Produção e Exploração de Petróleo (LENEP).
Após a cerimônia de abertura do evento, a Fundação Educacional de Macaé (FUNEMAC); o Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT) e o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) assinaram um termo de Cooperação Técnica com objetivo de realizar eventos na área de ciência e tecnologia. Aliado a isso, a Funemac e o IMMT realizam nesta semana, na Faculdade Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS), o curso de Capacitação em Propriedade Industrial para Gestores em Tecnologia. Pela primeira vez, o INPI realizou o evento fora da capital do Estado.
O acordo tem como objeto a conjugação de esforços e o desenvolvimento de ações coordenadas e integradas dos participantes, visando a realização de eventos para sensibilizar entidade de ciência e tecnologia de Macaé quanto à importância da Propriedade Intelectual, da Transferência de Tecnologia e da Informação Tecnológica para o fomento das atividades de pesquisa, bem como, para capacitar agentes dessas entidades nessas áreas do conhecimento.
O secretário de Ciência e Tecnologia, Guilherme Jordan, explicou durante o seminário que no curso - que começou nesta terça-feira (06) na Funemac - será passado todo conhecimento do INPI para o trabalho de gestores de registros de marcas e patentes. Além disso, será repassado todo conhecimento de propriedade industrial, que vai fazer parte do calendário de treinamento entre as secretarias para buscar o crescimento sócio-econômico da região.
O presidente da Funemac, Jorge Aziz revelou que o município vive um movimento intenso de atividade econômica e tecnológica e, que a divulgação da cultura da propriedade intelectual no município é imprescindível, pois, vem convergir com os interesses do processo de desenvolvimento local. “O importante é que as empresas locais, instituições de pesquisas, Centro de Inovação Tecnológica estejam preparados para viabilizar o processo de protocolo, de patentes e marcas junto à instituição nacional de patentes, que é o INPI”, disse.
Segundo Aziz, o papel hoje do governo municipal é estimular este processo de informação para todas as empresas e instituições de pesquisas locais. “A difusão dessa informação é fundamental para que a empresa possa transformar todo o conhecimento de tecnologia em ativo importante para o capital da empresa”, afirma. Ele acrescenta que a grande importância para o processo de desenvolvimento local é a realização de ações importantes como registros de marcas e patentes que, definitivamente, efetiva os valores agregados ao processo de crescimento das empresas, das indústrias e da economia local.
Na opinião do presidente da Funemac, quando se fala em Propriedade Intelectual está se associando um valor a uma tecnologia. “Não basta desenvolver tecnologia, há que se fazer os ativos, registros e patentes dessa tecnologia para que possamos garantir a propriedade dela e o interesse nacional”.
O vice-presidente do INPI, Jorge Ávila ressaltou durante o Seminário que Macaé, especificamente, o Lenep por ser um centro dedicado à indústria do petróleo, a propriedade industrial pode facilitar os acordos de cooperação entre a instituições, a Petrobras e seus fornecedores. “A Propriedade Intelectual visa uma aproximação do Instituto Nacional com as universidades brasileiras e com o sistema de indústrias que tenham interesse e possibilidade de levar este conhecimento na forma de produtos e serviços para o mercado”, finalizou.