As obras de Antônio Alvarez Parada, o Tonito Parada, um dos principais historiadores de Macaé, serão reeditadas pela prefeitura. Depois do lançamento de duas obras com textos inéditos do autor, a secretaria de Acervo e Patrimônio Histórico prepara para o próximo ano a reedição de um dos cinco livros do historiador.
- Todas as obras de Tonito Parada estão esgotadas. Sua última obra foi publicada em 1982. Estamos estudando entre os cinco livros qual será o primeiro que vamos reeditar. Ele foi o autor que teve o trabalho mais científico sobre a cidade, fazendo pesquisas com profundidade – comenta o secretário de Acervo e Patrimônio, Ricardo Meirelles.
Esta semana, a secretaria lançou a segunda obra inédita do historiador, fruto do trabalho dos pesquisadores Vilson Gavinho e Larissa Frossard. O livro “O fio da história” é uma coletânea de crônicas de Tonito Parada publicadas aleatoriamente em jornais e revistas da região. O livro também conta com gravuras do historiador, que também era excelente pintor e desenhista.
Falecido em 1986, Tonito era um historiador organizado todos os seus textos foram publicados em ordem cronológica, em colunas fixas das publicações. “A novidade deste livro que lançamos é que são crônicas avulsas, lançadas até na revista da Academia Campista de Letras”, lembra Larissa Frossard. Para o pesquisador Vilcson Gavinho, um dos pontos fortes da obra de Tonito Parada é o amor e a dedicação a Macaé, sua terra natal.
- Ele teve o cuidado de preservar em sua casa documentos, recortes e histórias de uma Macaé que não existe mais. Ele se dedicou a registrar a história da cidade a partir da década de 50, época em que ninguém mais estava escrevendo nada sobre o município - lembra Gavinho.
Sobrinho de Tonito, Cesário Alvarez Parada Júnior comenta que o “baú” do historiador pode ainda ser fonte de muitas outras histórias. O escritório de Tonito ainda é mantido pela família. “Meu tio foi, sem dúvida, um ícone na cultura macaense. Ficamos muito orgulhosos de sua obra, que até hoje tem o seu reconhecimento”, comenta.
No ano passado, a secretaria de Acervo e Patrimônio lançou o livro “Cartas da Província”, cujo conteúdo foi descoberto durante pesquisa para a tese de mestrado da pesquisadora Larissa Frossarf. A obra reúne crônicas do historiador publicadas entre 1977 e 1978 no jornal “O Fluminense”, de Niterói, onde semanalmente ele contava, em forma de carta, as novidades e as transformações que Macaé passava na época.