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Prevenção à Mortalidade Materna e Perinatal é discutida no auditório da Cidade Universitária

17/06/2010 17:46:43 - Jornalista: Cristian Kupfer - estagiário

“Prevenção à Mortalidade Materna e Perinatal” foi o tema discutido pelos profissionais e estudantes da área de saúde, no auditório da Universidade Federal do Rio de Janeiro/Campus Macaé (UFRJ), na Cidade Universitária. Durante toda a tarde desta quinta-feira (17), cerca de 200 pessoas participaram do I Seminário promovido pela Prefeitura de Macaé por meio da secretaria de Saúde e da UFRJ. A programação contou com cinco palestrantes e representantes dos comitês de Mortalidade Materna, que fazem parte das estratégias para a prevenção da mortalidade materna e perinatal no município.

Durante o evento, palestrantes abordaram assuntos sobre Políticas Públicas para Prevenção da Mortalidade Materna e Perinatal;
As estatísticas da Mortalidade Materna em Macaé; As características da mortalidade perinatal: a realidade de Macaé;
Pré-natal como ferramenta de redução dos índices de mortalidade materna e perinatal e Maternidade Segura e Perspectivas para atenção ao Parto.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde do Estado do Rio de Janeiro revelam que em 2008, a hipertensão específica da gravidez, infecções e hemorragias são, atualmente, as principais causas de morte materna. Segundo especialistas, 90% dessas mortes maternas poderiam ter sido evitadas, se todas as mulheres fizessem o pré-natal.

Segundo dados do Comitê de Prevenção em Macaé, os maiores índices de mortalidades maternas são detectados nas camadas de menor poder aquisitivo.

- Este evento é de grande importância, pois trata de reduzir o número de mulheres que morrem em decorrência de complicações na gravidez e parto e diminuir o número de óbitos de bebês nos municípios do Estado do Rio de Janeiro, que apresentam as piores taxas de mortalidade materna e infantil, disse a secretária de Políticas Públicas para a Mulher, Vânia Deveza.

Ela explica que a taxa de mortalidade em Macaé vem diminuindo, mas ainda tem muito trabalho para ser desenvolvido trazendo mais recursos e priorizando a saúde das mulheres.

Segundo o vice-presidente da Fundação Educacional de Maaé (Funemac), Joelson Tavares, este tema é muito importante ser abordado dentro das universidades, pois os estudantes precisam conhecer a realidade. Para ele é importante ter agilidade na informação e o início oportuno da investigação. “A gestante vai para o hospital ter o seu filho e não para óbito”, citou Joelson.

A deputada Federal Maria Aparecida Diogo Braga, alerta que a morte materna é uma realidade no estado do Rio de Janeiro e que deve ter haver uma meta para reduzir as taxas de mortalidade. “Os órgãos públicos e também privados do estado do Rio, não devem permitir neste século XXI, que números alarmantes de gestantes a óbito, subam mais. É direito da mulher ter assistência adequada. Desta forma, vamos buscar qualificação para os profissionais – jovens estudantes que estão se formando”, mencionou a deputada federal que também faz parte da Comissão de Seguridade, Ação e Família.

Participaram do I Seminário o professor e presidente colegiado de graduação de Macaé, Francisco Esteves; o professor e vice-presidente da Funemac, Joelson Tavares; a coordenadora do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gláucia Valente Valadares; a coordenadora do curso de Medicina da UFRJ, Marly Serzadello; a secretária de Políticas Públicas para a Mulher, Vania Deveza; a presidente do Comitê de Prevenção a Mortalidade Materna fetal e infantil em Macaé, Vanja Beatriz Pimentel e a deputada Federal, Maria Aparecida Diogo Braga.