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Procon: aumento da taxa de juros não deve ter tempo para acabar

17/10/2008 15:53:21 - Jornalista: Alexandre Bordalo

O Procon-Macaé está sintonizado com as mudanças que estão ocorrendo na esfera econômica, em escala global. Segundo o seu procurador, Eraldo Vianna Sant’Anna, o aumento da taxa de juros é uma das conseqüências da crise mundial, que, em sua opinião veio para ficar, embora ainda não se saiba por quanto tempo. “Concordamos com o executivo da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Miguel de Oliveira, que diz que os brasileiros já sentem os efeitos da crise”, pontua.

- O brasileiro que depende de crédito para comprar casa, automóvel e outros bens já está com dificuldades, pois os bancos estão mais seletivos e restritivos, alguns até paralisando esse tipo de operação. Os bancos passaram a ser mais cuidadosos na liberação dos financiamentos, explicou.

Ele informou ainda que o aumento do custo de crédito e a diminuição dos prazos também devem ser observados. “O brasileiro está pagando mais caro, seja no cheque especial, no cartão de crédito, no empréstimo bancário, na compra de um bem, uma vez que todos os tipos de empréstimo, tanto para pessoa física como jurídica, estão mais caros”, analisa Eraldo.

Além do mais, percebe-se que os prazos estão mais curtos. “Até 15 dias atrás, o consumidor podia comprar um carro no prazo de 72 meses. Hoje, o prazo é de 60 meses”. Os sintomas da crise, para Miguel Oliveira, são visíveis. Ele disse que grandes montadoras de veículos deram férias coletivas a seus funcionários, quando o normal para essa época no ano, antecedentemente próxima ao Natal, é que haja aumento na produção.

De acordo com o procurador do Procon, outro problema é o adiamento dos planos de investimentos pelas empresas. “Muitas empresas, por causa da crise e por falta de crédito, começaram a adiar planos de investimento. Fábricas e lojas que iam montar uma filial deixaram de fazer o planejamento, adiando o processo”, conta ele, acrescentado que quando a empresa adia os projetos de expansão, ela também deixa de efetuar novas contratações.

Entretanto, a crise até agora não gerou desemprego. Mas, a criação de novas fontes de trabalho ficou mais difícil. O Procon-Macaé, diante de tudo isso, aconselha o consumidor a ser mais cauteloso, adiando ao máximo a compra a prazo, uma vez que houve alta dos juros.

- Caso os clientes venham a efetuar compras, durante o período de financiamento, irão pagar a taxa de hoje e, se daqui a dois meses a taxa cair, não se beneficia. Mas, se tiver que recorrer ao financiamento, o consumidor deve pesquisar muito, porque a variação de juros é muito grande – adverte Eraldo, afirmando que os compradores devem apressar-se porque não se sabe se as condições de crédito estarão piores daqui a dois meses.

Para maiores dúvidas e esclarecimentos, o Procon-Macaé localiza-se na Rua Velho Campos 734. Seus telefones são 2762-0057 e 2772-4491. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, entre 8h e 17h.