Traçar o perfil nutricional dos alunos da rede municipal de ensino é apenas um dos objetivos do projeto de pesquisa apresentado, nesta quinta-feira (11), durante reunião entre professoras da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membros da Secretaria de Educação. Durante o encontro, as professoras tiraram dúvidas em relação à merenda escolar e mostraram o plano de trabalho que deverá contar com a colaboração de pesquisadores de Medicina e Enfermagem.
De acordo com a professora Beatriz Gonçalves Ribeiro, a pesquisa faz parte da proposta da universidade de trazer para Macaé não apenas a graduação, mas também pesquisa e extensão. "Estudamos como poderíamos desenvolver uma pesquisa que beneficiasse a população, e decidimos estudar a saúde escolar. Propusemos iniciar pela rede municipal de ensino".
A vice-diretora da Faculdade de Nutrição, Glória Valéria da Veiga, explicou que a idéia é poder atuar junto à população. O projeto deverá ser ainda apresentado aos pesquisadores das faculdades de Medicina e Enfermagem. "A idéia é traçarmos um diagnóstico completo, para que possamos propor medidas", ressaltou.
Para Gelda Tavares, secretária executiva técnica, tal pesquisa é de grande interesse para a secretaria de Educação. "Temos profissionais de nutrição atuando, mas acreditamos que com a ajuda da universidade poderemos fazer um trabalho mais completo de educação alimentar", disse.
Durante a reunião a secretária explicou que hoje o serviço de merenda da rede municipal de ensino é terceirizado, possibilitando um melhor atendimento aos estudantes. "Antes tínhamos alguns problemas de fornecimento que foram totalmente resolvidos. Na secretaria temos duas nutricionistas que acompanham o trabalho da firma para que o serviço seja realizado de forma satisfatória, não deixando nada a desejar para nossos alunos".
A pesquisa deverá ter início em 2009 e irá observar crianças do ensino fundamental. "Pode ser que depois passemos a observar também o infantil, mas nessa idade o perfil materno infantil é diferenciado e precisamos delimitar a metodologia", disse a vice-diretora.
Segundo as professoras, a idéia é que a partir do diagnóstico, sejam elaboradas ações para serem sugeridas ou trabalhadas com os alunos de forma a causar maior impacto. "Este trabalho terá as etapas de diagnóstico, ação e reavaliação e, por isso, deverá ser longo prazo. Para poder realizá-lo iremos precisar do apoio, porque vamos mudar a rotina da escola e, eventualmente, teremos que tirar alunos da sala de aula. Vamos precisar que todos os envolvidos estejam sensibilizados com a pesquisa", comentou a professora Beatriz.
Também esteve presente na reunião a secretária Executiva Pedagógica da Secretaria de Educação, Márcia Heloísa Branco.