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Profissionais da Saúde participam de Fórum Internacional

24/04/2007 15:32:44 - Jornalista: Ludmila Azevedo

O desafio de construir uma política que inclua as populações mais pobres, as pessoas privadas de liberdade, crianças e adolescentes foram prioridades nas discussões temáticas do IV Fórum Latino Americano e do Caribe em HIV/AIDS e DST, em Buenos Aires, na Argentina. O evento contou com a presença de profissionais da prefeitura de Macaé.

Para a coordenadora do PM/DST/AIDS, Vera Andrade, presente ao evento, o momento foi de profunda avaliação dos 25 anos de epidemia da Aids.

- Foram apresentadas questões fundamentais para a busca de estratégias de intervenções futuras, onde foram analisados o passado, o momento atual, desafios e oportunidades – relata, acrescentando que o fórum foi a oportunidade para apresentação de ações que priorizam a prevenção, a assistência, os direitos humanos e as lacunas ainda existentes, conta a coordenadora.

Segundo ela, os focos principais do Fórum foram à vulnerabilidade social, econômica racial de gênero.

- Mulheres, homens que fazem sexo com homens, travestis, transgêneros, usuários de drogas, jovens, crianças e trabalhadores comerciais do sexo (TCS) foram temas das mesas redondas e objetos de atenção específica, na busca de ações eficazes na prevenção às DST/HIV/AIDS – lembra a coordenadora.

De acordo com Vera Andrade, o acesso universal à medicação, tratamento e direitos humanos das pessoas que vivem com HIV/AIDS, tem como modelo o pioneirismo do Brasil, que surpreendeu o mundo ao oferecer medicamentos anti-retrovirais a todos que necessitam.

A vulnerabilidade - de algumas populações específicas - traz à luz uma análise crítica de questões políticas, éticas, culturais da América Latina e do Caribe. O crescente aumento do índice de infecção pelo HIV em mulheres aponta relações de gênero ainda fragilizada pela dependência econômica das mulheres, baixa escolaridade, desemprego e dificuldade de negociar o uso de preservativo.

A coordenadora explica que a vulnerabilidade, hoje, das relações entre homens e mulheres também colocou à tona a fragilidade e a exposição do sexo desprotegido e aspectos culturais como o “machismo” passado sexual, infidelidade, bissexualidade, como fatores preponderantes, apontando o crescente índice de aumento do HIV na população heterossexual.

Para ela, o maior ganho neste Fórum foi à certeza de que o Brasil e o PM/DST/AIDS realizam um trabalho de excelência com ações de prevenção, orientação, informação, tratamento e a necessidade de incluir novas ações.

- A questão da vulnerabilidade é um complexo de políticas que amplia a cidadania e é importante que toda a sociedade se organize para garantir os direitos fundamentais à saúde, a vida -,conclui.

Também esteve presente ao IV Fórum Latino Americano e do Caribe em HIV/AIDS e DST a diretoria técnica do CTA, Júlia Abreu.