Profissionais do Programa de Saúde Mental de Macaé, que trabalham no "Consultório de Rua", serão capacitados para identificar possíveis casos de hanseníase durante as abordagens. O treinamento acontece na próxima terça-feira (19), de 9h às 12h, no Núcleo de Saúde Mental, no Cajueiros. Agentes comunitários passaram pela mesma capacitação.
De acordo com o gerente do Programa Municipal de Hanseníase, do Ministério da Saúde, o dermatologista Cláudio Guimarães, a finalidade é facilitar a detecção de novos casos da doença em Macaé. "Se houver suspeita, o paciente é encaminhado para atendimento médico. Quando o resultado é positivo, esta pessoa é direcionada para o programa", detalhou.
Ainda segundo o médico, a quantidade de pacientes em tratamento atualmente é considerada baixa. "Macaé não é um município endêmico", explicou Cláudio. Quando um novo caso é confirmado, a Secretaria Estadual de Saúde é informada. Esse dado é repassado ao Ministério da Saúde que tem o controle da quantidade de casos em todo o país.
O Programa Municipal de Hanseníase funciona no Centro de Saúde Doutor Jorge Caldas (Rua Tenente Coronel Amado, s/n, Centro, telefone: 2762-7996), e é composto pelos seguintes profissionais: dermatologista, fisioterapeuta, enfermeira e técnica de enfermagem.
Hanseníase pode ser confundida com micose
A hanseníase, muitas vezes, pode ser confundida com uma micose persistente ou irritação na pele. Para diagnosticar se a pessoa possui mesmo a doença, é necessário coletar o líquido retirado da orelha. Outra forma é através do exame neural. A doença é transmitida por meio das vias respiratórias, como tosse e espirro. O tratamento é simples, feito nos serviços de saúde, e pode ter a duração de seis ou 12 meses, se seguido corretamente. Os comprimidos estão disponíveis no Centro de Saúde Dr. Jorge Caldas e devem ser tomados todos os dias. É aconselhável a prática de exercícios físicos para prevenir as incapacidades e deformidades físicas.