Foto: Kaná Manhães
O objetivo da Prefeitura é concluir a primeira fase do Programa Água Limpa até abril
A prefeitura de Macaé, prosseguindo nas ações do Programa Água Limpa, de macrodrenagem e ampliação do saneamento básico do município, continua investindo no aumento da capacidade do Canal do Avenida Evaldo Costa (antiga Ayrton Senna) e abriu, desde a semana que passou, duas novas frentes de obras neste canal. Para isso, a empresa responsável pelas obras, o Consórcio CBPO/Zadar, vem utilizando novos equipamentos e contratando novos operários.
Uma destas frentes de obra está localizada a partir da Rua Opala, indo até as imediações do Ginásio Municipal Engenheiro Maurício Soares Bittencourt. A outra frente vai até o local onde o canal inicia. O objetivo da empresa é, aproveitando o tempo bom, agilizar as obras nestas duas frentes para a conclusão da reformulação no canal, importante para o deságüe das águas pluviais na região situada em cota mais baixa, onde os alagamentos sempre foram constantes em ocasião de chuva forte.
A prefeitura espera concluir a primeira fase do Programa Água Limpa em abril, para acabar de vez com os alagamentos na Avenida Evaldo Costa e nos bairros próximos. A ampliação do Canal Evaldo Costa vai permitir a ampliação do escoamento da água pluvial de 1,5 mil litros por segundo para dez mil litros por segundo, o que será fundamental em dias de chuvas fortes.
O canal, com 1.500 metros de extensão, recebe galerias retangulares com largura de seis metros por dois de altura. A nova rede instalada substitui os pequenos tubos de 1,2 metro de diâmetro da antiga rede de drenagem, que estavam totalmente assoreados, situação ainda agravada pelo assoreamento do Rio Macaé, para onde fluem as águas pluviais dessa região.
As primeiras ações do Programa Água Limpa, de saneamento e macrodrenagem em todo o município, iniciaram em julho de 2008, com prazo de conclusão de quatro anos. As obras começaram pela região dos bairros Visconde de Araújo, Campo do Oeste, Sol y Mar e Riviera, hoje, os pontos mais atingidos da cidade pelos alagamentos. O valor total da obra do Água Limpa é de R$ 277 milhões. A primeira etapa contempla a ampliação dos canais que cortam os bairros situados em suas proximidades, como Visconde de Araújo, Miramar, Campo do Oeste, Riviera Fluminense, ente outros.
O programa, o maior investimento em drenagem e saneamento da prefeitura nos últimos anos, vai contemplar toda a cidade, sendo projetado para acompanhar o crescimento da cidade pelos próximos 20 anos. Envolve a macrodrenagem e saneamento do município, tendo como objetivos eliminar os alagamentos que ocorrem em pontos críticos, principalmente nas áreas mais baixas, e coletar 100% do esgoto das residências, direcionando esse esgoto para as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs).
As obras do Programa Água Limpa são de longo prazo, mas vão resolver definitivamente os problemas dos alagamentos e do esgoto em toda a cidade. O programa vai beneficiar toda a população. Na primeira fase, a prefeitura investe no Àgua Limpa de R$ 40 milhões. O projeto começou junho do ano passado pela região do Sol y Mar, Riviera e Campo do Oeste, que hoje são os bairros que mais sofrem com as chuvas.
Para dar início ao Programa Água Limpa, o prefeito Riverton Mussi, em 2004, solicitou que fossem efetuados estudos sobre a situação da infra-estrutura do município, em relação ao saneamento básico e alagamentos. Esses estudos apontaram que Macaé não teve a infra-estrutura preparada para o crescimento ao longo dos últimos 20 anos e que também não estava preparado para o crescimento futuro, tendo grande diversidade no seu sistema de esgoto e de escoamento. Parte da cidade possui rede coletora, estações elevatórias e de tratamento, mas em outros locais não existe qualquer sistema de esgotamento sanitário. Nesses casos, a população usa fossas e sumidouros e até mesmo acontece o lançamento do esgoto no sistema de drenagem pluvial, sem qualquer tratamento.
As obras do sistema de esgotamento sanitário incluem a implantação de cerca de 150 mil metros de rede de esgoto, 115 mil metros quadrados de pavimentação asfáltica, 15 mil ligações domiciliares, além da construção de três interceptores e das novas estações. Todas estas obras fazem parte da segunda etapa do projeto.