O programa Educação para Paz comemora os resultados obtidos. Isso porque os números comprovam que o objetivo de construir uma política educacional que possibilite a criação, organização e/ou fortalecimento de ações e estratégias para o enfrentamento da violência foi alcançado. O programa integra ações como mutirão Minha Escola Querida, os Conselhos Escolares e o Bolsa Família, além de projetos como o Jornal Escolar, Planeta Azul e o Festival de Música Estudantil.
— O Educação para Paz é um programa muito importante, pois possibilita o envolvimento dos educadores, alunos e famílias quanto à reflexão de valores como cidadania, respeito e ações para desenvolver cidadãos conscientes e promover um mundo melhor — disse o secretário de Educação, José Augusto Abreu Aguiar.
A criação do Caderno de Orientações, voltado para os gestores das unidades educacionais, professores e demais funcionários, representou o ponto inicial do Educação para Paz. Elaborado com a participação de diversos profissionais da Secretaria de Educação, o documento passou a servir como base para o enfrentamento da violência nas escolas e a promoção da cultura de paz.
Mas, para isso, é necessário melhorar as condições das unidades de ensino, ampliar a relação com a comunidade e resgatar a consciência de que todos somos responsáveis pela escola. E visando esta sensibilização quanto à importância da participação da sociedade na educação pública, desenvolvendo ações do voluntariado e da cidadania empresarial, o mutirão Minha Escola Querida alcançou 19 edições desde a sua criação. As escolas beneficiadas receberam serviços como reparos, jardinagem, pintura e embelezamento.
Outro instrumento essencial para a construção de uma educação participativa são os Conselhos Escolares. Formados por representantes de pais, alunos, professores, funcionários e da direção das unidades de ensino, eles recebem verbas do Governo Federal e também do município, para suprir necessidades, como material pedagógico, pequenas reformas, aquisição de equipamentos e contratação de serviços. Além disso, os conselhos abrem espaço para discussões de questões administrativas e pedagógicas das unidades.
Atualmente, aproximadamente 88 escolas, sendo que 51 delas realizaram a eleição este ano, possuem conselhos. Os conselheiros participaram de cursos de formação e da revisão do Estatuto, enquanto os alunos fizeram parte de ações, como a Pequenos Líderes. Em 2012 também aconteceu o II Encontro Intermunicipal dos Conselhos Escolares, que resultou em uma Carta Compromisso com 37 metas, entregue aos 92 Conselhos Escolares da rede.
Já o Bolsa Família, programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza, também contribuiu no combate à repetência, à evasão e ao abandono escolar. Para isso, acompanha a frequência escolar dos estudantes, reforçando, junto às famílias, o compromisso de mantê-los na escola. Ao longo do ano, foram atendidos 11.550 beneficiários, sendo 9.970 do Bolsa Família Anterior (BFA) e 1.580 do Beneficio Variável Jovem (BVJ).
OUTRAS AÇÕES – Outro projeto que teve início em 2012 foi o Jornal Escolar. O objetivo foi mostrar os trabalhos e projetos realizados nas escolas, assim como mostrar também os acontecimentos importantes ocorridos na comunidade. Por meio deste projeto, procurou-se motivar a autonomia e a criatividade dos alunos através da leitura e da produção textual, além de capacitar os profissionais de educação. Lançaram as suas edições, unidades de ensino como Botafogo, Ciep Oscar Cordeiro, Cláudio Moacyr de Azevedo, Maria Angélica Ribeiro Benjamin, Aroeira e o Maria Isabel Damasceno Simão.
Já o projeto educacional Planeta Azul, parceria com a Fundação Mokit Okada, foi realizado no Sandra Maria de Oliveira Araújo Franco. Trata-se de uma metodologia ludo pedagógica, baseada em histórias em quadrinhos que são elaboradas a partir de situações e vivências extraídas da realidade dos próprios alunos. Nela, são trabalhados temas como solidariedade, respeito e convivência, arte e beleza, e gratidão. Foi uma oportunidade ainda para que eles participassem de oficinas de Ikebana e Tsuru.
Enquanto isso, o Festival de Musical Estudantil promoveu a cultura da paz por meio da produção musical, estimulou a convivência em grupo e a integração entre os alunos do segundo segmento do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. O evento revelou diversos talentos nas escolas.
— As ações do programa Educação para Paz fazem diferença no comportamento dos alunos da rede municipal. Todos abraçaram este projeto com muito carinho, como as diretoras, os alunos, parceiros e voluntários em geral, os funcionários e secretários de Educação que fizeram parte desta gestão, que nos apoiaram e deram credibilidade e sucesso ao nosso trabalho — finalizou a coordenadora, Sônia Terezinha Gonçalves.