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Programa Sentinela luta contra a violência sexual a crianças e adolescentes

23/03/2006 15:40:40 - Jornalista: Alexandre Bordalo

O programa de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes, o Sentinela, não mede esforços para estimular a auto-estima e buscar o fim da violência sexual contra crianças e adolescentes em Macaé. No Sentinela – que fica na Travessa Quissamã, 17, telefone, nº 2772-7147 – há trabalhos de duas psicólogas, uma assistente social e duas recepcionistas. O programa funciona diariamente, das 9h às 17h.

Segundo a coordenadora do programa, a psicóloga Gisele Correa Azeredo Vieira, os casos previamente registrados no Conselho Tutelar são enviados ao Sentinela. Entretanto, hospitais e projetos sócio-educativos também fazem o encaminhamento. “O ideal, porém, é que os casos de violência sexual contra crianças e adolescentes passem pelo Conselho Tutelar”, explica Gisele.

O Sentinela é um programa federal, cuja administração é feita pela Fundação de Ação Social (FAS). O atendimento é realizado também às famílias onde ocorrem casos de violência sexual. Esta pode ser infração de abuso ou de exploração comercial. A maioria dos casos acontece em famílias em situação de vulnerabilidade social. “Entretanto, a violência sexual não está vinculada à situação econômica. Em famílias com boas condições financeiras também podem acontecer estes casos”, afirma a psicóloga.

Ela diz ainda que a proposta do Sentinela é o cessar da violência. Para isso, realiza-se o atendimento, quando se quer saber se realmente acontecem abusos. O apoio também é oferecido às famílias. E, é de interesse dos profissionais elevar a auto estima das vítimas afetadas pelas agressões.

- O atendimento que oferecemos não é clínico. Visamos seguir uma linha sistêmica, ligada à terapia familiar”, explica Gisele. No Sentinela há uma sala especial para receber crianças, na qual existem diversos materiais lúdicos. Os adolescentes também são apoiados, através de trabalho de grupo, onde são avaliadas informações sobre sexualidade, conceitos, preconceitos e diversos tabus. “Tudo com o objetivo de promover o resgate das famílias envolvidas”, avisa.

Caso se constate o abuso sexual, o Conselho Tutelar é informado para realizar denúncia ao Ministério Público. O Sentinela funciona em Macaé desde julho do ano passado. Em seu espaço são oferecidos atendimentos interdisciplinares, psicossociais; visitas domiciliares, acompanhamento escolar e encaminhamento aos serviços especializados. Estes devem enquadrar-se em proteção social básica, proteção especial de média complexidade e alta complexidade, em vigor no município. Por exemplo: o Núcleo de Saúde Mental, Porto, CRA, projetos sócio-educativos (Pró Vida Cidadã, Sem Fronteiras, Peti, Cemaia e outros.