Programação comemora Dia Mundial dos Oceanos

O Dia Mundial dos Oceanos, comemorado neste 8 de junho, contou com programação especial em Macaé. Ações foram realizadas na praia da Imbetiba e no Parque Municipal Restinga do Barreto, ao longo desta quarta-feira.

Imbetiba - Com o intuito de alertar a população para a importância da conservação dos oceanos e os impactos da poluição na vida marinha, alunos e professores do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem/UFRJ), em parceria com a Secretaria de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal, realizaram uma sensibilização ambiental na praia da Imbetiba. A equipe do projeto Oceanos Nupem realizou mais uma edição do “O oceano começa aqui”, com a pintura de tampas dos bueiros da orla.

O secretário de Ambiente, Juninho Luna, ressalta que a parceria com a universidade é fundamental, principalmente por levar ações de interesse da população. "Alertar e sensibilizar a população de que ela pode contribuir com o meio ambiente apenas com pequenos gestos. As galerias de águas pluviais são a porta de entrada para o oceano e o lixo jogado na rua pode causar impactos importantes para as espécies marinhas", frisou lembrando que as ações pela Semana do Meio Ambiente ainda continuam.

Já o coordenador do projeto, e professor, Luciano Fischer, lembra que a instituição - além das atividades de pesquisa e ensino - também faz ações de interação com a comunidade, entre elas de sensibilização ambiental. Ele ressaltou que com a pintura, as pessoas passam e olham a mensagem “O oceano começa aqui” e começam a se questionar. "Queremos levantar esse questionamento e esse trabalho causa muito impacto nas crianças e jovens, que se importam com a vida marinha, peixes, polvos, tartarugas. E são elas que acabam ajudando nessa reeducação, passando para seus pais, avós e vizinhos. O que importa é sempre pensar nessas gerações futuras, pois são a nossa esperança de um lugar melhor", comentou Luciano.

Para a aluna do oitavo período de Ciências Biológicas, Bruna Soares, este é um momento de reflexão e mudança de hábitos. "Fazer o descarte correto do lixo pode fazer a diferença e salvar os animais que vivem nos oceanos", diz.

Também participaram da ação as coordenadoras do projeto Oceanos Nupem, Bruna Pagliani e Patrícia Mancine, além das alunas Carolyne de Souza, Bruna Maria, Liz Nunes e Jessyka Belo.

As atividades pelo Dia Mundial dos Oceanos, continuam no próximo sábado (11), como uma exposição de trabalhos de professores e alunos do Nupem, sobre animais em extinção, manguezais, tartarugas marinhas. Os trabalhos estarão expostos no posto 1, da orla da praia dos Cavaleiros, de 9h às 15h.

Capacitação - Dentro das comemorações pelo Dia Mundial dos Oceanos, foi realizado um curso de "Capacitação e Alinhamento de Ações: encalhe de grandes cetáceos". A capacitação foi voltada para os profissionais das Secretarias de Ordem Pública (Guarda Ambiental), Infraestrutura, Ambiente, Secretarias Adjuntas de Defesa Civil e Serviços Públicos, Corpo de Bombeiros e Marinha do Brasil.

Parque do Barreto - Dentro da programação do Dia Mundial dos Oceanos e Semana do Meio Ambiente, o Parque Municipal Restinga do Barreto recebeu um mutirão para a realização de atividades como: manutenção das trilhas do Parque e das lagoas didáticas; produção e restauração de placas indicativas; confecção de instrumentos musicais recicláveis e naturais e catalogação das espécies.

O secretário de Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal, Juninho Luna, ressalta que o Parque Municipal Restinga do Barreto é o único, no mundo, com características urbanas, de vegetação exclusivamente de restinga.

O coordenador do Parque Municipal da Restinga do Barreto, o biólogo Henrique Abrahão Charles, explicou que o projeto, com atuação do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem/UFRJ), visa trazer pessoas do entorno e empresas para conhecerem o espaço. "E essas pessoas, através da prática, desenvolverem a formulação de placas, projetos, cultura, música, tudo relativo ao Parque", explica Henrique.

Diego Gazoni é um dos moradores do entorno que participa do dia a dia do parque. "Essa ação de hoje é voltada a fazer uma boa manutenção do espaço, das trilhas, e trazer os moradores para dentro do parque. Como morador, eu posso afirmar que este parque é imprescindível para Macaé, tanto por conta do ecossistema, quanto da parte cultural de ser um parque, o maior urbano de restinga do mundo", observa Gazoni, que é doutorando no Nupem.

A ação contou com apoio do Nupem, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Restingas e Lagoas Costeiras do Norte Fluminense e Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD-RLaC).