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Projeto “Dançando na escola para não dançar na vida” no Colégio Municipal Botafogo

30/08/2011 12:17:31 - Jornalista: Carlos Fernandes

Como resultado dos trabalhos do projeto “Dançando na escola para não dançar na vida”, desenvolvido no Colégio Municipal Botafogo, alunas de ballet e jazz realizaram uma apresentação para alunos, pais e funcionários da instituição. A apresentação aconteceu na segunda-feira (29), na própria escola. As bailarinas mostraram em suas apresentações o que foi aprendido no período de um ano desde que o projeto foi implantado, deixando a plateia emocionada.

O projeto desenvolvido no Colégio Botafogo é uma ação integrada ao Programa Escola em Ação, uma iniciativa da empresa Odebrecht Óleo & Gás, em parceria com a Prefeitura de Macaé, por meio da Secretaria de Educação e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

— O “Escola em Ação” é uma possibilidade real para melhoria das condições de vida de crianças e adolescentes que vivem em comunidades historicamente marginalizadas e para disseminação da cultura de paz no universo escolar — afirma o coordenador do projeto, Domiciano de Souza.

O secretário de Educação, Guto Garcia, considera o projeto como uma possibilidade real para a inclusão social de crianças e jovens. “Atividades extracurriculares como as que são desenvolvidas pelo Colégio Botafogo, contribuem para o desenvolvimento destas crianças, além de melhorar a autoestima e promover a integração. Trata-se de um projeto que se preocupa com o aluno como ser humano”, destaca.

A diretora do Colégio Botafogo, Luiziana Simões de Almeida, também acredita na integração e, especialmente, na inclusão através da arte. “Esse projeto é um ganho enorme para essa comunidade, pois faz com que a inclusão seja total, não só de alguém que seja portador de alguma necessidade especial, mas de inclusão do cidadão na rede e nas possibilidades que essa rede pode oferecer. A cada dia eles travam barreiras para se superar. E ver tudo isso é maravilhoso”, diz.

O “Dançando na escola para não dançar na vida” começou em agosto de 2010 e hoje atende cerca de 50 alunos de 11 a 17 anos. Para participar das atividades, os alunos devem ter assiduidade e bom rendimento escolar. As atividades acontecem no contraturno, esta é uma forma de garantir um maior tempo de permanência das crianças e adolescentes no ambiente escolar. “Visamos à autonomia dos alunos, para que eles tenham perspectivas e futuramente possam ser profissionais de ballet e jazz”, afirma o professor de dança do projeto, Fábio Narduchi.

Para a bailarina Kaíssa de Barros Nunes, de 17 anos, que está cursando o 9º ano, o projeto “Dançando na escola para não dançar na vida” vai muito além de trabalhar a expressão corporal e a musicalidade. “Fazer as aulas ajudou a me desenvolver muito mais na vida, não só na escola, mas também lá fora. Através da dança podemos passar o sentimento que temos em nós para todos”, descreve.

A colega Ana Beatriz de Oliveira, de 11 anos, que cursa o 5º ano concorda com Kaíssa. “A dança me trouxe muitas coisas boas. Estou com os meus estudos mais avançados e acho que sou uma pessoa muito melhor”, complementa.

A aluna Emilly Peçanha de Jesus, 13 anos, também estudante do 5º ano, já planeja um futuro na dança. “Esse projeto é muito bom, pois todos se ajudam para que possamos nos superar a cada dia. No futuro espero continuar na dança para chegar a ser uma bailarina profissional”, acredita.