O que a criança que você foi um dia diria para quem você é hoje? Essa reflexão, fixada em um cartaz no corredor que dava acesso uma sala de aula, dava as boas vindas aos pais de alunos PCDs e com diversas síndromes que participaram, nesta terça-feira (21), pela manhã, de um encontro de acolhimento na Escola Municipal de Educação Infantil Professora Maria de Maris Sarmento Torres, no bairro Aeroporto.
A atividade faz parte da agenda do "Projeto De Orientação E Acolhimento à Escola e aos Responsáveis dos Alunos Público Alvo Da Educação Inclusiva", promovida pela Superintendência de Educação Inclusiva, por meio da Equipe Multiprofissional, da Rede Municipal de Macaé. Na parte da tarde, a escola contemplada foi a Escola Municipal Professor Antônio Alvarez Parada.
Claudia Regina Pimentel Carvalho e Camila Carneiro Midão Rodrigues, diretora geral e subdiretora da Escola Professora Maria de Maris Sarmento Torres, ressaltam a importância da ação naquela unidade escolar que possui, atualmente, 22 crianças com laudos médicos e três em investigação. Além de autismo, a escola atende alunos com microcefalia, Síndrome de Down, paralisia, síndrome de Moebius e altas habilidades.
"É importante contar com a participação dos pais, pois ainda há muita resistência nessa questão de esperar o tempo da criança, de não observar os marcos de desenvolvimento da criança e do quanto é importante uma avaliação precoce", observa a diretora Claudia.
Camila Carneiro ressalta que a escola mantém um número marcante de alunos com laudo. "Temos 230 alunos e 10% desse público tem laudo. A média é de três por turma, todos de 2 a 5 anos de idade. Nós sempre sinalizamos a necessidade e importância dos pais observarem os filhos e procurarem uma ajuda para avaliar os casos", observa.
Durante a reunião com os pais, onde foi possível tirar dúvidas, Lisiane Strolego e Mariana Pereira, psicopedagoga e psicóloga, falaram sobre a importância da parceria família e escola, nesse apoio ao sucesso dos estudantes e reconhecer que cada aluno é único.
"É preciso que os responsáveis façam essa comunicação, para que a escola saiba o que funciona com a criança em casa, pois a perspectiva do ambiente escolar é diferente da perspectiva dos pais. É preciso ter essa parceria", explicou Mariana.
O projeto
Segundo a superintendente de Educação Inclusiva e Social, Janaina Pinheiro, o projeto iniciou em março e já contemplou cerca de 10 escolas. O projeto acontece em formato de reuniões com a interação entre pais, equipe da Unidade Escolar, coordenação de Campo da Educação Inclusiva e equipe multiprofissional, abordando temas pertinentes, com espaço para fala e escuta das famílias.
"O projeto tem como objetivo ser um forte aliado no desenvolvimento do aluno, considerando a importância da escola e dos pais trabalharem em parceria entendendo que a família é uma importante instituição de aprendizagem dos alunos desde o nascimento. É Importante ressaltar que os agendamentos estão abertos", observa Janaína.
Nos meses de maio e junho, além das duas escolas atendidas nesta terça, serão contempladas as seguintes Unidades Escolares: EMEI Prof.ª Maria de Maris Sarmento Torres; CM do Sana, EMEI Edda Evelyn Damasceno S. de Almeida; EMEI Prof.ª Laura de Campos Sueli; E.M Almir Francisco Lapa; E.M Prof.ª Letícia Peçanha de Aguiar; EMEI Prof.ª Maria da Conceição Carvalho; EMEI Prof. José Augusto Abreu Aguiar; EMEI Dr. Juventino da Silva Pacheco; C.E. M Raul Veiga; EMEI Prof.ª Hilda Ramos Machado.