O Programa de Educação e Trabalho para Saúde do Governo Federal (PET-Saúde) contemplou um projeto elaborado por meio da parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Prefeitura de Macaé com bolsas para professores, alunos e servidores que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF). Esse incentivo, que terá início em abril, fortalecerá as políticas públicas para o setor, colocadas em prática desde o ano passado e elaboradas pela colaboração entre a Secretaria Municipal de Educação e de Saúde e a UFRJ.
O PET-Saúde, instituído em 2008, tem como objetivo fomentar a formação de grupos de aprendizagem tutorial no âmbito da Estratégia Saúde da Família, colaborando com a qualificação em serviço dos profissionais da saúde e também para a iniciação ao trabalho dos estudantes das graduações em saúde. Todas as ações já desenvolvidas pela parceria entre Prefeitura e UFRJ estão de acordo com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e levam em conta as demandas do município.
A Secretaria de Educação, por meio da Fundação Educacional de Macaé, foi responsável pela articulação entre os gestores municipais e a universidade, a fim de cumprir as exigências do edital do processo seletivo. Para a secretária de Educação em exercício, Gelda Tavares, é fundamental que o futuro profissional de saúde formado em uma universidade pública reconheça o seu comprometimento com a comunidade que arcou com os custos de sua formação. “Esse futuro profissional terá um vínculo maior com a comunidade e certamente produzirá a seu favor”, ressaltou Gelda.
A diretora técnica da Estratégia Saúde da Família da Secretaria de Saúde, Verônica Martins Guimarães, salientou os benefícios da colaboração da UFRJ. “A universidade veio em um momento muito bom, porque a Estratégia Saúde da Família é um plano novo. A cada dia aprendemos mais um pouco”, disse.
As ações conjuntas começaram a ser implantadas cerca de seis meses. Atualmente, acontecem no posto de saúde da Virgem Santa e no Programa de Agentes Comunitários de Saúde do bairro Cajueiros, além de duas escolas municipais nesse bairro. Através do atendimento (orientação e acompanhamento) de duas equipes, já foram beneficiadas no ano passado cerca de 800 famílias, aproximadamente duas mil pessoas.
A partir de abril, com o PET-Saúde, o trabalho se estenderá. Serão seis unidades de ação: Botafogo, Virgem Santa, Cajueiros, Morro de São Jorge, Engenho da Praia e Ajuda de Baixo. “As linhas de pesquisa foram elaboradas de acordo com as necessidades do município”, enfatizou o professor do curso de Medicina da UFRJ/Macaé, André Ricardo Araújo da Silva. Hoje, Macaé tem 83 mil pessoas cadastradas nos Postos de Saúde da Família.
Integraram as equipes do ano passado 30 alunos de Medicina, 20 de Enfermagem e 20 de Nutrição, que, de acordo com o professor, serão favorecidos com uma visão mais ampla do conceito de saúde, além virem a receber formação específica nos anos finais.
PET-Saúde
Em Macaé, serão beneficiados com o PET-Saúde cinco professores; trinta preceptores (servidores da ESF) e sessenta alunos bolsistas. Além dos bolsistas, os professores também respondem por mais trinta alunos participantes. A partir de abril, esse incentivo estará garantido por dois anos.
Antes da proposta de Macaé ser contemplada pelo PET-Saúde, em 2008/2009, projetos dos cursos de Saúde da UFRJ do campus do Rio de Janeiro e do avançado de Piraí já havia sido selecionados. Nesses campi o curso de Medicina também se integra aos demais da área de saúde, mas apenas em Macaé isso acontece desde os primeiros períodos.