A Praça Mirante dos Navegantes, na Barra de Macaé, recebeu mais uma edição do projeto Educação e Esporte na Praça, na quarta-feira (8). Na ocasião, além de experimentarem os pratos vendidos na feira, os visitantes ainda puderam comprar produtos artesanais variados, inclusive com a temática do Dia dos Namorados.
Idealizado pela vice-prefeita, Marilena Garcia, o projeto tem como objetivo resgatar a cultura do artesanato e fomentar a integração entre a escola e a comunidade. Esta foi a primeira vez que o projeto aconteceu com a nova formatação, já que agora as edições passam a acontecer a cada quinze dias.
- Estamos focando mais no artesanato, mas claro que quando tiver atividade das escolas, vamos trazer e vão participar assim como o esporte. Depois de conversas com as artesãs, decidimos realizar a feira a cada quinze dias, até porque isso cria uma rotina maior junto ao público, disse a coordenadora do projeto, Kátia Angeloff.
De acordo com ela, o projeto, que conta com a participação da Escola de Qualificação, está recebendo elogios da comunidade. Muitas mulheres já fazem parte dos cursos de artesanato e outras estão interessadas em ingressar nas aulas: “A Escola tem uma receptividade excelente junto à comunidade. Os moradores estão pedindo a ampliação do número de cursos”, afirmou.
Ex-aluna da Escola de Qualificação, Rosa Neves, hoje vive do artesanato. Inclusive está passando as técnicas aprendidas para sua filha, Marta, de 16 anos: “O que produzimos é bem aceito, porque são coisas de qualidade com preço bom. A feira nos permite aumentar a renda do grupo que trabalha com artesanato”, relatou.
Este contato frequente entre artesãs, público e outros profissionais permite também a constante transformação nos trabalhos, com criação de produtos diferenciados. Tanto que essas mercadorias já geraram outros frutos para algumas profissionais. É o caso de Sônia Pereira, que hoje até ministra aulas sobre como transformar escamas de peixe em produtos artesanais:
- Faço trabalhos com escama de peixe que viram chapéus, bolsas, quadros, cortinas, jóias, dentre outras coisas. Exponho em outros locais e já tive convite para participar de feiras em Belo Horizonte e Brasília. Até dei aulas em São Paulo para 150 pessoas. Foi um trabalho que cresceu, finalizou a artesã.