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Projeto Escola de Pais já colhe frutos em Macaé

03/08/2012 10:39:00 - Jornalista: Carlos Fernandes

Desde que realizou a sua primeira reunião, no mês de abril, a Escola de Pais, promovida pela Prefeitura de Macaé, por meio da Secretaria de Educação, realiza encontros periódicos com as famílias responsáveis por alunos identificados como evadidos na rede municipal de ensino. O grupo é formado por responsáveis por crianças evadidas nos anos de 2009 e 2010, além das famílias do levantamento realizado em 2011, através do Mutirão promovido no início do ano pela Secretaria de Educação em parceria com o Ministério Público. E após o período do recesso escolar, a Escola de Pais retorna neste sábado (4), das 9h às 12h, quando será tratado o tema “Direitos e Deveres”.

O programa segue uma proposta educacional, pedagógica e social, voltada para os pais e responsáveis por estes estudantes. A participação das famílias foi acertada após uma audiência com a 2º Vara da Infância e Juventude de Macaé, quando foi determinado o acompanhamento pelo programa, evitando a continuidade de um processo judicial:

- A união de forças dos poderes responsáveis visa prevenir e atuar em cima de situações para fortalecer os laços familiares. Acho que o sentimento deve ser de acolhimento para cumprir esta nossa missão. E, em relação à Educação, temos um olhar voltado aos alunos, pais e a toda comunidade, procurando cumprir cada vez melhor nossa obrigação, disse a vice-prefeita e secretária de Educação, Marilena Garcia.

Na Escola de Pais, durante nove meses a família recebe um acompanhamento para o fortalecimento de um ambiente familiar saudável. Para isso, são realizados encontros quinzenais, com duração de três horas cada um, com palestras, dinâmicas e cursos, dentre outras atividades, para a conscientização desses responsáveis sobre a importância da escola na vida dos seus filhos. Outras medidas também fazem parte do acompanhamento destas famílias, como orientação familiar, visitas domiciliares de uma equipe de assistentes sociais, encaminhamentos para os serviços da rede, dentre outros.

– Os responsáveis viram a importância de participar da Escola de Pais e, neste primeiro momento, encaminhamos um relatório ao juiz da 2º Vara da Infância e Juventude de Macaé, Dr. Felipe Carvalho. Neste relatório, além das informações sobre a frequência na Escola de Pais, também foram enviadas os dados das unidades de ensino, indicando se estes alunos estão sendo frequentes ou não. E o índice de faltas diminuiu consideravelmente – informou a professora com formação em Assistência Social, Tátia de Freitas.

Ela afirma que, de um modo geral, a resposta ao programa tem sido muito positiva. Por isso, este segundo momento será uma continuidade, com algumas novidades sugeridas pelos próprios responsáveis: “A Escola de Pais foi pensada como uma gestação, que dura nove meses. Então, continuaremos desenvolvendo o trabalho conforme vinha acontecendo. Só que também pedimos que os pais sugerissem o que eles querem que seja trabalhado dentro da realidade deles”, completou Tátia.

Em paralelo à ação com os responsáveis foi desenvolvido um projeto pelos estagiários de UFF com os adolescentes. Além disso, para acompanhar a frequência destes alunos, existem os dados levantados por meio do projeto “Ficai” e também por parte da Orientação Educacional. A proposta é trabalhar a questão da responsabilidade da família no acompanhamento da vida escolar dos alunos.

As medidas adotadas visam fortalecer a importância da escola com a família, a fim de dar o apoio necessário, resolvendo a questão de forma conciliatória, sem a necessidade de novas representações ao Ministério Público:

- O que queremos é somar forças para fortalecer o combate da evasão escolar, permitindo que, através deste projeto, as famílias possam sanar seus problemas e garantir o direito da criança e do adolescente de frequentarem a escola. A Escola de Pais é um apoio que talvez estas famílias não tenham encontrado até agora, finalizou a secretária de Educação, Marilena Garcia.