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Projeto Espaço de Convivência realiza terceira edição nesta quarta

23/10/2007 15:19:00 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Visando à interação e a inclusão social, econômica, política e cultural dos usuários de saúde mental, a Associação de Amigos, Parentes e Usuários da Saúde Mental (Aspas), criou o projeto denominado “Espaços de Convivência, Cultura, Eventos e Renda”, vinculado ao Programa de Saúde Mental da secretaria Especial de Saúde.

Nesta quarta-feira (24), a partir das 9h, no auditório do Sindipetro, acontece a terceira edição do encontro que conta com a parceria de escolas das redes privada e pública e pessoas freqüentadoras dos serviços de saúde mental e de toda comunidade. Neste mês, o tema do debate será sobre “Adolescência, sexualidade e drogas”.

O musicoterapeuta do programa, Paulo de Tarso, lembra que os encontros acontecem mensalmente, no teatro do Sindipetro e tem como objetivo proporcionar um espaço de discussão coletiva sobre temas ligados à vida, que digam respeito à coletividade, com a participação de pessoas de diversas realidades sociais.

- Desta forma, o encontro é marcado pela diversidade de olhares, sentimentos e experiências sobre um mesmo tema. Assim, os encontros favorecem a ampliação do ponto de vista sobre um assunto abordado. Uma vez que o evento é o encontro da diversidade, o olhar sobre as experiências cotidianas ganham uma maior dimensão - completa.

Paulo enfatiza que a sociedade se organizou produzindo espaços separados, segmentados para as experiências coletivas. “A escola privada para alunos de classe média, a escola pública para os alunos com menor recurso financeiro, os centros de saúde mental para aqueles que vivem tempestuosas experiências de vida, dentre outros espaços pela cidade”, diz.

Ele revela que esta forma de organização fragmentada não apenas separa as pessoas umas das outras, mas, por sua vez, limita a possibilidade de conhecimentos mais vivos e reais sobre a vida, sobre outras experiências que estão distantes da realidade de cada um.

- Os encontros vêm inaugurar um espaço não apenas de reflexão, mas, também, de produção de mudanças no modo de se ver a vida, se relacionar consigo, com o outro, com a família e com outros atores sociais. Além disso, a organização do evento é co-operada. Todos os envolvidos no projeto organizam os encontros”, enfatiza.

Ao final de cada encontro há a votação na plenária final para a escolha do próximo tema a ser debatido no próximo mês. A organização do evento seguinte é feita por alunos, professores, profissionais de saúde mental e da Aspas.