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As ações educativas têm o objetivo de divulgar a Lei Maria da Penha e a rede de enfrentamento à violência contra a mulher no município
Alunos do 9º ano e das turmas de correção de fluxo da rede municipal de ensino serão os primeiros contemplados com o retorno do projeto Maria da Penha nas escolas. O retorno das atividades será no mês de agosto, segundo ficou definido em reunião nesta quinta-feira (1°) entre a Secretaria de Políticas para as Mulheres, a coordenadoria de Educação Social da Secretaria de Educação e estagiárias do Núcleo de Direitos Humanos nas escolas e Núcleo de Pesquisa e Extensão em Direito das Mulheres (Nupedim) do curso de Direito da UFF/Macaé.
As ações educativas do projeto Maria da Penha nas escolas têm como objetivo divulgar a Lei Maria da Penha e a rede de enfrentamento à violência contra a mulher no município, além de promover a educação como instrumento de prevenção. O projeto é uma iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres através do CEAM, curso de Direito da UFF/Macaé, Patrulha Maria da Penha, Secretaria de Educação e Juizado Especial Adjunto Criminal/Juizado de Violência Doméstica.
Segundo a secretária de Políticas para as Mulheres, Jane Roriz, nesta nova abordagem do projeto, será incluída a questão da pandemia e o aumento da violência doméstica. ‘‘É importante ter esse olhar, pois os dados mostram um aumento significativo da violência durante esse período, principalmente quanto às subnotificações. Muitos desses adolescentes viveram um contexto provocado pelo isolamento social que antes não existia. É um projeto que traz muitas responsabilidades e por isso é fundamental estarmos alinhados com a secretaria de Educação’’, destacou.
A coordenadora de Educação Social, Rúbia Rangel, explicou que o serviço social atua como referência para os alunos e promove a interlocução com a direção das escolas. No próximo dia 14, haverá um momento de sensibilização com esses profissionais quanto ao retorno do projeto e em julho a dinâmica de trabalho será apresentada para as assistentes sociais da rede de educação. O Colégio Municipal Maria Isabel Damasceno Simão será o primeiro a receber as atividades.
O agendamento das escolas será feito de acordo com o número de alunos e a proposta é contemplar toda a rede de ensino até o final do ano. As ações do programa “Maria da Penha vai à Escola” são desenvolvidas por meio de vídeos, slides, cartilhas e dinâmicas com conteúdo informativo, leve e lúdico. A ideia é que, após os encontros, os estudantes passem a ser multiplicadores da informação.
Durante a reunião, também foram discutidas ações de planejamento e atualização do projeto, lançado em 2019. Nos últimos dois anos, o Maria da Penha nas escolas funcionou de maneira remota, através de recursos digitais como a cartilha "Direito das Mulheres: Educação na luta contra a violência doméstica", produzida através de parceria entre o Nupedim e a Secretaria de Educação.
Além da coordenadora de Educação Social, Rúbia Cristina, participaram da reunião a assistente social Raquel Barroso e as estagiárias do curso de Direito da UFF/Macaé, Luana Melo, Luma Pinheiro e Ariel Azevedo.