Dando continuidade ao Projeto Tim Grandes Escritores, nesta quarta-feira (18), o escritor Inácio de Loyola Lopes Brandão estará no auditório da Faculdade de Filosofia e Letras (Fafima), a partir das 19h30, ministrando palestra com entrada gratuita.
Além da palestra será feita a doação de livros de autores participantes do projeto à Biblioteca Dr. Télio Barreto, às 15 h, e em seguida está marcada uma coletiva com a imprensa, onde Inácio falará sobre sua carreira e integração com o Tim Grandes escritores, entre outros assuntos.
Ignácio de Loyola Lopes Brandão nasceu em Araraquara - SP, no dia 31 de julho de 1936, dia de Santo Ignácio de Loyola. Seu primeiro texto, uma crítica do filme “Rodolfo Valentino”, foi publicado em 16 de agosto de 1952, na Folha Ferroviária, semanário da cidade de Araraquara. Foi crítico de cinema do jornal O Imparcial antes de mudar-se para São Paulo, aos 21 anos, para estudar Direito.
Ignácio de Loyola foi repórter e colunista de cinema do jornal Última Hora. Em 1965, lançou sua primeira obra, Depois do Sol, volume de contos que enfoca a vida noturna da cidade de São Paulo. Três anos depois, publicou Bebel que a cidade comeu, romance sobre o suicídio de uma bailarina na década de 60. A história foi filmada em 1968, por Maurice Capovilla com o título de Bebel, garota de programa.
Outra obra sua, o conto “Zero” de 1969, foi censurado por mostrar um retrato realista que fala de um período de repressão política, onde a arte não era reconhecida. “Zero” foi recusado por diversas vezes pelas editoras brasileiras, mas teve traduções para diversas línguas, inclusive a italiana, lançada em 1974. Apesar do sucesso de vendas no exterior e da edição para o Brasil, ele foi proibido novamente.
Apenas em 1979 o livro foi autorizado a ser vendido nas livrarias brasileiras. “Dentes ao sol”, de 1976, narra a história de uma cidade onde acontecem diversos fatos bizarros cometidos por personagens mais estranhos ainda. “Já Não verás país nenhum”, de 1981, que descreve uma São Paulo no futuro, onde não há recursos naturais e a tecnologia tomou conta de tudo.
Realizado em parceria com a prefeitura e a Fundação Macaé de Cultura, o projeto Tim Grandes Escritores acontece desde 2005 nas cidades do interior. Já passaram por Macaé: Afonso Romano de Sant’Anna (2005), Zuenir Ventura e Marina Colassanti (2006).