Uma equipe da secretaria municipal de Promoção Social e Desenvolvimento Comunitário, acompanhada de dois policiais militares, abordou na tarde de quarta-feira, o senhor Durval Soares, 56 anos, a pedido da Petrobras. O homem estava instalado na Praia do Farol, atrás da estatal, há alguns dias, residindo em precárias condições de higiene.
Abordado pela equipe, o homem explicou que reside no município há 20 anos, quando foi trazido por um casal macaense para servir de caseiro. “Depois de quase 20 anos trabalhando para eles, a empresa faliu e eu fiquei sem ter onde morar. Com muito esforço, consegui um barraco na Favela do Marobá, mas os bandidos tomaram meu barraco e, como não tinha para onde ir, fui morar na praia”, explicou.
A equipe da secretaria explicou ao homem que ele não poderia continuar residindo nas imediações da Petrobras, por ser uma área de preservação ambiental, além de um ponto turístico do município. Apesar das argumentações, o sr. Durval negou-se, terminantemente, ir para um abrigo ou voltar para sua cidade, alegando que a família dele em Minas é muito pobre. “Eu trabalho com capina e ainda mando algum dinheiro para ajudar minha família. A pobreza lá é muito grande, por isso não quero retornar. Macaé é uma cidade rica e aqui as condições de vida é melhor do que em qualquer outro lugar”, disse.
Diante da negativa de aceitar a ajuda oferecida pela secretaria, a assistente social Elaine, deu prazo até quinta feira à noite para que ele desmontasse sua barraca e levasse seus pertences para outro lugar que não fosse as ruas ou praias do município.