O coordenador de música da Fundação Macaé de Cultura e professor de filosofia e história, Marcos Aurélio Monteiro da Fonseca, fez uma análise do Fórum Interno de Políticas Culturais, realizado semana passada no Centro Macaé de Cultura. O evento contou com a participação de todos os funcionários lotados na Fundação Macaé de Cultura.
O objetivo do Fórum foi reunir propostas dos diversos setores culturais, como teatro, dança, pintura e outros para a elaboração de um documento, retratando os anseios da classe artística macaense. Este conjunto de propostas será apresentado à sociedade civil para discussão, na ocasião do Fórum Municipal de Cultura, cuja data ainda vai ser marcada.
Segundo Marcos, todos os agentes culturais do município – artistas, músicos, produtores culturais e membros de ONGs e outros - irão participar do Fórum Municipal. Na ocasião, terão liberdade de opinar, sugerir e, até mesmo, intervir na elaboração da política cultural da cidade. “O Fórum Interno foi um momento de amadurecimento e de auto conhecimento, com uma reflexão sobre a história da Fundação Macaé de Cultura, objetivando adequá-la às novas realidades da cidade”, opina.
Ele disse ainda que é objetivo da Fundação Macaé de Cultura aprofundar democraticamente o contato com os agentes culturais no município. “Tudo isso com a finalidade de atender as expectativas destes setores, entendendo que a cultura não é somente entretenimento, mas uma parte da vida social que gera riqueza, além de ser um fator de inclusão social”, explica.
Projeto Art Luz: um exemplo de inclusão social em Macaé, através da cultura
Atendendo a cerca de 1.300 crianças e adolescentes de famílias de baixa renda, o Projeto Art Luz da Fundação Macaé de Cultura é um exemplo de inclusão social, através da cultura. As aulas gratuitas de teatro, dança de rua, flauta doce, karatê, jazz moderno, capoeira, pintura, desenho e outras colaboram para revelar talentos, tirar os menores do meio das mazelas sociais, podendo possibilitar uma futura fonte de renda.
Alunos de caratê, por exemplo, podem futuramente dar aulas da arte marcial. Os alunos de desenho também podem ganhar dinheiro trabalhando em estúdios, fazendo caricaturas, publicidade, entre outros. O Art Luz colabora para desenvolver a cidadania, da mesma forma que o projeto Afro Reggae no Rio de Janeiro. A diferença é que o Art Luz pertence ao Governo Municipal, enquanto o Afro Reggae está ligado à sociedade civil organizada.