A Fundação Educacional de Macaé – Funemac – prorrogou as inscrições para o Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu Ensino de História e Culturas da África e Afro-Brasileiras. O curso oferece 50 vagas e é dirigido à comunidade e profissionais da rede municipal de Educação de Macaé e da região. As inscrições podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 08h às 12h e das 14h às 18h, no prédio da fundação, na rua Teixeira de Gouveia 634, Centro. Os documentos necessários são: Diploma e Histórico Escolar de curso de graduação plena, uma foto 3x4, cópia da Identidade e CPF e curriculum vitae.
O curso vai ter início dia 12 de novembro, com duração de 360 horas, em três sábados por mês, de 08h às 18h, com intervalo de duas horas para almoço. O custo está dividido em matrícula de R$ 130, paga no ato da entrega dos documentos, mais 19 parcelas do mesmo valor. Os professores da rede de ensino de Macaé têm desconto de 15%: matrícula R$ 110 mais 19 parcelas de R$ 110.
O professor de Sociologia da rede municipal de Macaé e professor substituto da Faculdade de Educação da UFRJ, Luiz Fernandes de Oliveira, é o coordenador pedagógico do curso. “A lei de Diretrizes e Bases – LDB – traçou diretrizes específicas sobre o ensino da História e culturas da África e afro-brasileiras. O curso de pós-graduação nasce da necessidade que os professores da rede municipal têm de obter o conhecimento da história dos negros, sob a ótica da plenitude étnica, e não segundo a visão eurocêntrica, por eles estudada da escola à faculdade”, explicou.
Luiz Fernandes observou que é costume a referência aos escravos como imbecis, seres ignorantes, o que não corresponde à verdade. “O ciclo da mineração, por exemplo, só foi possível, porque os africanos aqui chegados como escravos haviam desenvolvido sua tecnologia para exploração das minas, e passaram o know-how aos colonizadores portugueses”, exemplificou. Segundo o sociólogo, durante o curso, histórias e lendas sobre a ignorância do negro serão desmitificadas, e ressaltada sua contribuição à cultura brasileira, com a presença na culinária, música, dança, artes, esportes olímpicos, artes marciais, futebol de campo, esportes de quadra, como futebol de salão, basquete, vôlei e outros.
O presidente da Fundação, professor Jorge Aziz, ressalta que os alunos terão prazo de três meses para entregar um trabalho final de curso para receber a certificação. “O trabalho será uma monografia final (individual) ou projeto educacional para as escolas (em grupo de cinco pessoas)”, concluiu.