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O atendimento tem sido feito via plataforma online
Suporte emocional, concentração no futuro, preparação para o mercado de trabalho. Tudo isso, as psicólogas do Nova Vida, Raquel Aquino e Dayane Cruz oferecem aos adolescentes que completaram o tempo de atendimento no programa. Nesta quinta-feira (25), foi oferecido apoio psicológico em grupo, online, para 12 meninos e meninas. Na sexta-feira (26), o serviço foi realizado mais uma vez.
A jovem Júlia Gomes, por exemplo, deixa o programa, agora, no início de março. Ela trabalhou na Coordenadoria de Controle, Avaliação e Auditoria (o 0800), da Secretaria de Saúde. “Aprendi muito sobre eventos cardiológicos e psicológicos. Trabalhei na área administrativa. Pretendo seguir carreira na esfera técnica. Estive no Nova Vida desde os 14 anos, vou completar 18 anos no início de março”, conta ela.
Já a adolescente Camilly Carvalho, 17 anos, ressaltou que o programa agrega demandas, exigências e valores, oferecendo plano de possibilidades diante do desligamento. “Aguardo resultado do Enem para fazer Nutrição. O programa me deu autonomia e preparo para realizar objetivos de vida futuramente”, comenta. Ela atuou na Secretaria de Planejamento.
Avaliação Psicológica - Estes jovens usufruíram de oportunidade que muitos adolescentes não têm: dispor de seu próprio dinheiro, meio salário mínimo por mês, como fruto do estágio de meio expediente nos órgãos da Prefeitura de Macaé, oferecido a jovens de famílias em vulnerabilidade social.
“Damos aos adolescentes suporte para esse momento de transição. Eles têm voz, fazem avaliação, se sentem mais à vontade. Pelo fato de estarem se desligando, passam por medo, mas a entrevista os prepara para novos horizontes, como o mercado de trabalho. Também usufruem de suporte emocional, com concentração do pensamento na vida futura”, diz a psicóloga Raquel Aquino.
“Se precisarem, estamos aqui”, informa a psicóloga Dayane Cruz. E ela acrescenta: “Esse trabalho é feito de maneira presencial e individual. Mas devido à pandemia, ele está sendo realizado via internet. Nele, explico aos adolescentes questões sobre mercado de trabalho, além de encaminhá-los a outros setores e órgãos, que entrevistam Jovens Aprendizes. Realizo com eles uma consultoria, orientando seus currículos. É gratificante que muitos ligam, agradecem e reconhecem nosso empenho por eles”, conclui Dayane.
As atividades do programa seguem suspensas em função do distanciamento social. O “Nova Vida” atende jovens na faixa de 14 e 17 anos e 11 meses, que apresentam renda familiar de até três salários mínimos. Para frequentar o programa, devem comprovar que estudam e contam com bom desempenho escolar. Diante do programa, eles recebem meio salário mínimo para atuar no horário divergente ao de aula em atividades nas secretarias operacionais da prefeitura e outras instituições como Fórum de Macaé, Infraero e órgãos estaduais e federais.