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Quarta Poética homenageia o poeta macaense Ruben Pereira de Almeida

06/11/2007 15:07:42 - Jornalista: Kelvin Karvalho

Nesta quarta-feira (7), a Fundação Macaé de Cultura (FMC) apresenta um novo Varal de Poesias. O Dia de Poesias “Extra” será em homenagem ao poeta macaense Ruben Pereira Almeida, que completaria 100 anos.

Mais de 50 poesias estarão expostas na Biblioteca Dr. Télio Barreto, no primeiro andar do prédio do Centro Macaé de Cultura (CMC). A visitação será das 14h às 18h. O evento faz parte da Quarta Poética que tem como diferencial a interatividade: ao gostar da poesia o visitante pode retirá-la do varal e levar para casa.

O varal de poesias é parte do projeto Quartas Culturais da Escola de Artes Maria José Guedes que durante todo o ano apresentou música, poesia e teatro para os visitantes e participantes da escola de artes. Vale lembrar, que em 2007 nas Quartas Poéticas já foram expostas mais de 700 poesias de diversas épocas e estilos e, na maioria das vezes, enaltecendo poetas brasileiros.

O Poeta Ruben Pereira de Almeida

Ruben Carneiro Pereira de Almeida nasceu em Quissamã, na época, distrito de Macaé, Estado do Rio de Janeiro, em 07 de novembro de 1907. Ele faleceu no dia 07 de dezembro de 1978. Funcionário público aposentado exerceu os cargos de professor, bibliotecário e secretário da prefeitura de Macaé. Ruben Almeida Pereira foi o primeiro professor que se disponibilizou a dar aulas para os filhos dos trabalhadores de cana, em Quissamã.

Membro correspondente da Academia Campista de Letras e da antiga Academia Macaense de Letras, ocupando nesta última a cadeira número 03, que tinha como patrono, seu avô paterno, o conselheiro do Império - João de Almeida Pereira. Foi também jornalista, historiador, crítico literário, pesquisador e poeta. Tem vários trabalhos publicados na imprensa fluminense, sobre folclore e história de Macaé.

Fim de tarde

Que misticismo traz n’alma da gente
As horas calmas em que a sombra desce,
Quando o sol desmaiando-se no poente
Pelas serras azuis desaparece...
Quando em revoada vêm os passarinhos,
Em alegres gorgeios, numa prece...
Em busca da galhada e dos seus ninhos,
Onde o amoroso idílio não perece...
Que misticismo! Que melancolia,
Quando o sineiro-velho monge asceta,
De sons enche o espaço de harmonia!
Para a minha alma emocional de poeta,
Oh! como trazes sinos, nostalgia
Ao badalares, triste: - Ave Maria.

Ruben Pereira de Almeida - 1940