Foto: Maurício Porão
Voz marcante do cantor conquistou fãs interpretando de sambas de raiz a bossa nova
O conceito do ‘Quintas no Museu’ vai além de uma feira de artesanato e gastronomia com música de qualidade em um dos espaços histórico-culturais mais importantes de Macaé, o Solar dos Mellos. A proposta da Secretaria de Cultura é criar um ponto de convivência que fomente a cultura em suas muitas manifestações locais. Isso já está acontecendo em pouco tempo de projeto lançado. Esta é a opinião do público que assistiu ao show de Ricardo Badaró, que com uma voz marcante, conquistou fãs interpretando de sambas de raiz a bossa nova, na noite de quinta-feira (29).
A apresentação de Ricardo Badaró levantou o público, que cantou e dançou festejando o samba. “Vou começar com samba de breque, que teve como pioneiro o macaense Luiz Barbosa, valorizando a nossa história, porque estamos num espaço nobre, um museu”, disse o artista.
Os sambas de breque foram seguidos de canções de Esmael Silva, Tom Jobim, Chico Buarque, de homenagens à Portela e à Mangueira, com sambas-enredo tradicionais até chegar ao chorinho clássico ‘Brasileirinho’. A partir daí, Badaró, acompanhado pelos instrumentistas da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart), coordenados pelo professor Marco Polo, fez uma trajetória musical pelos diferentes ritmos regionais.
"Estamos promovendo a dinamização do museu. Além do ‘Quintas no Museu’, o ‘Café Literário’, o ‘Curta no Museu’, ‘Visitas Guiadas’, ‘Lugares de Memória’, entre outros projetos que estão fazendo com que a população se aproprie deste espaço", frisou o secretário de Cultura, Thales Coutinho.
Qualificação - O evento de todas as quintas-feiras, das 14h às 21h, foi aberto pelas oficinas da professora de artesanato do ateliê Alecrim, Cléo Souza, e sua mãe, Érica, empresária da Casa de Cupcakes (caseiros), em Macaé. Os temas foram ‘Handmade Bordado Livre – A cultura do feito à mão e a formação de identidade’ e ‘Cuidando bem do nosso dinheiro’. Cerca de 30 artesãos participaram da qualificação profissional.
"Pretendemos uma troca. Apresentei a minha experiência como artesã e empreendedora e sobre como aproveitar o aumento verificado este ano de interesse pelo que é feito à mão para divulgarmos o nosso trabalho. O artesanato começou como um passatempo e virou um negócio. Hoje estou 100% com o artesanato", disse Cléo.
Andreia Correa, técnica em logística, e a sua sócia Rosália, confeiteira, criaram há três anos a ‘Doce Flor’, marca para fabricação de doces gourmet. O estande da ‘Doce Flor’, um apoiador constante do ‘Quintas no Museu’, esteve presente desde a primeira edição. As empreendedoras também participam das palestras de formação e das reuniões promovidas.
"Gostei muito das oficinas, especialmente da sobre precificação e caixa, porque me deram mais confiança de que estamos no caminho certo. Temos um cuidado especial com etiquetas, embalagens, combinação de cores e com todo o marketing do produto. Nós escolhemos o ‘Quintas no Museu’ para expor porque acontece em um lugar seguro e tem uma proposta que nos estimula. Fora isso, oferece ótimos shows que sempre trazem um bom astral", afirma Andreia.
No dia 6 de dezembro, das 15h às 16h30, a responsável do Sebrae por Formação para os Microempreendedores Individuais (MEIs), Silvia Andréa Romão, apresentará a palestra ‘Passo a Passo: Formação de MEI’. As inscrições para as 35 vagas poderão ser feitas presencialmente ou pelo e-mail solardosmellos@macae.rj.gov.br, até 5 de dezembro.