Primeiro grupo de metais a gravar um disco no Brasil, o Quinteto Brasileiro de Metais será a próxima atração do projeto “Concertos Sociedade Musical Macaense — série 2014”, com patrocínio da Petrobras. A apresentação, com entrada franca, acontece nesta terça-feira (16), às 20h30, no Teatro Municipal de Macaé. Trombone, trompa, tuba e dois trompetes darão o tom de mais uma noite especial com o objetivo de popularizar a música erudita, instrumental e o canto lírico, além de formar novas plateias.
No repertório do espetáculo, os músicos prometem muita emoção com clássicos nacionais e internacionais, que vão do sacro ao popular, imortalizados por Tom Jobim e Vinícius de Moraes, Ary Barroso, Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Padre José Maurício, Samuel Scheidt, Thomas Morley e Beatles.
Atualmente formado por Paulo Mendonça e Luciene Portella (trompetes), Francisco Soares (trompa), Sérgio de Jesus (trombone) e Carlos Vega (tuba), o Quinteto Brasileiro de Metais comemora este ano 40 anos de sucesso e inovações no cenário da música nacional.
Este é o sexto espetáculo de uma sequência de 11 programados até dezembro, com patrocínio da Petrobras, dentro do projeto “Concertos Sociedade Musical Macaense — série 2014”. De acordo com a presidente da Sociedade Musical Macaense, Deizeli da Cunha Moia, é grande a expectativa para mais um concerto do ciclo iniciado em abril.
– O público tem respondido muito bem aos concertos. Sempre tivemos a casa cheia e tenho certeza de que isso vai se repetir nos próximos. A Sociedade Musical Macaense vem trabalhando ao longo dos últimos 24 anos para popularizar a música erudita e instrumental, que nem todos têm acesso. Apesar do foco neste estilo musical, não esquecemos a música popular – enfatizou Deizeli.
Pioneirismo na música brasileira
O Quinteto Brasileiro de Metais foi pioneiro do gênero no Brasil. No currículo do grupo, dois CDs: um deles, “Arte e Instrução – volume I”, foi o primeiro álbum do estilo gravado no país. Os músicos se preparam para voltar aos estúdios para gravar o terceiro CD da carreira. A importância do trabalho do grupo fez com que os compositores brasileiros começassem a escrever músicas para este tipo de formação instrumental após a sua criação, em 1974. O conjunto participou de diversas programações das salas de concerto do Rio de Janeiro e do Brasil, dentre elas, Bienais de Música Contemporânea, com músicas escritas especialmente para o evento.
Os músicos já gravaram inúmeros programas de televisão como Concertos Para a Juventude, com José Schieller e Aylton Escobar, na TV Brasil; Jô Soares, entre outros. No Rio de Janeiro, realizou diversos concertos didáticos em escolas da rede pública de ensino, além de apresentações em teatros com apoio da Pela Secretaria Municipal de Cultura e Secretaria do Estado de Cultura. Pela FUNARTE, se apresentaram em salas de concerto e auditórios de Universidades, em diversas capitais do Brasil.
Também participou de shows com a Rio Dixiland Band e com a Rio Jazz Orchestra, nos quais o Quinteto inovou acrescentando instrumentos de base, como bateria e contrabaixo (acústico). Nas apresentações, contou com a participação de grandes nomes da música, como Edgar Nunes Roca e Ricardo Medeiros, em espaços como Sala Cecília Meireles, Teatro Villa-Lobos, Roda-Viva, Casa de Cultura Laura Alvim, dentre outros. No Planetário da Gávea, participou da Série “Concerto nas Estrelas”, com três concertos “Da Renascença à Pixinguinha”.
Atualmente o Quinteto tem se apresentado em espaços como Auditório do Conservatório Brasileiro de Música (Rio de Janeiro), Solar do Jambeiro (Niterói), Planetário da Gávea e Museu de Arte Moderna com a pianista Fernanda Canaud. Participou também dos concertos comemorativos ao centenário do compositor César Guerra-Peixe, no auditório do Forte Copacabana e Centro Cultural Banco do Brasil. Teve ainda a oportunidade de se apresentar na Série “Concertos Raros”, dirigida por Lauro Alves.