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Dança, música, poesia, artesanato e gastronomia estiveram no evento
Neste sábado (16), na Praça Veríssimo de Mello, aconteceu o evento Feira Afro-Cultural Raízes, reunindo empreendedores locais e regionais. Essa foi a primeira edição, com proposta de realizações bimestrais.
A feira foi organizada pela produtora Afro-Cultural Jeanne Brazil, há quatro anos à frente da organização. "Aqui podemos reunir dança, música, poesia, artesanato e gastronomia numa mesma proposta", disse.
O evento contou com o apoio da Prefeitura de Macaé, através da Fundação Macaé de Cultura. "Importante parceria", ressaltou Zoraia Braz, vice-presidente de Promoção e Preservação Cultural e Racial, concluindo que "é primordial a participação da sociedade em eventos como esse, não só como lazer, mas também para o deguste dessas delícias culturais trazidas para o Brasil, do Black Music à moda alto urbana".
Tânia Jardim, atual Presidente da Fundação Macaé de Cultura, presente no acontecimento, enfatizou a importância dessa ponte Feira/Fundação e o apoio aos empreendedores. "Artesanato e Arte Cultural não podem andar separados, um é o outro, num contexto só" e salientou também, em conversas com artistas, empreendedores e organizadores, a importância da ideia que a praça é de todos. "A sociedade macaense só tem a ganhar com eventos e parcerias, assim, estamos onde a cultura acontece, ora participando, fazendo parceria, apoiando, ora promovendo e levando oportunidades. Em nome da Fundação Macaé de Cultura, parabenizo a todos os envolvidos pelo belíssimo trabalho realizado em equipe", expressou a presidente Tânia Jardim.
Entre inúmeras atrações esteve o rapper Fábio Emecê, cantor, poeta e professor de Língua Portuguesa. "Aceitei o convite por estar inserido nessa proposta e por acreditar nela, é o que faço e é o que canto", disse Fábio, ao se referir à cultura afro e sua história. Um parêntese para a também rapper Flor de Pernambuco, que faz da música, artesanato e poesia a sua fonte de renda. "Minha arte e meu canto são a minha militância", ressaltou. Os pratas da casa Dom Rhuann, Antônio e Eduardo, representando os bairros Malvinas e da Glória, também cantaram e encantaram com o grupo Família Free Rap, jovens na faixa de 17 anos mostrando talento com suas composições próprias. "Cantamos nosso lugar, nosso viver", concluiu Dom Rhuann.
Entre inúmeras exposições, o público pode apreciar de assessórios a luminárias, incluindo confecções retratando a beleza da África. Entre os artistas estava o Mestre de Capoeira Lequinho, com sua arte distribuída também em bijuterias. "Importante evento, o povo precisa conhecer para gostar e essa é a oportunidade que estávamos precisando", explicou.
- 'O artista tem de ir onde o povo está' bem lembrou Milton Nascimento. Então, estamos no caminho certo, para resgatar, promover, participar, apoiar, e tudo o mais para a realização de um bom trabalho na cultura. Estaremos sempre presente, esse é o nosso objetivo - finaliza a presidente da Macaé de Cultura, Tânia Jardim.