Ah, se a mangueira do Núcleo Municipal de Saúde Mental falasse... Ela não fala, mas, localizada bem no meio do pátio do órgão, a sua sombra e beleza natural são espaço de convivência social. É lá que acontecerá a próxima roda do Programa Saúde de Atenção Básica, no dia 17, a partir das 9h.
Embaixo das folhas da mangueira muitas pessoas recebem, toda semana, a ajuda que precisam através de profissionais multidisciplinares que realizam ali vários encontros. A Terapia Comunitária, implantada na rede municipal pela prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde (Semusa), será um dos temas discutidos nesta próxima roda de histórias compartilhadas, visando melhorar as relações sociais dentro da comunidade.
A informação foi passada, na quinta-feira (27), por uma das coordenadoras do Programa de Saúde Municipal de Atenção Básica, a psicóloga Ângela Prado Guimarães.
- A Terapia Comunitária é um espaço aberto de reflexão, para a troca de relações e convívio social, e por isto é importante que seja discutida dentro do Programa de Atenção Básica, avaliou Ângela.
A terapeuta ocupacional e comunitária Débora Oliveira Barbosa Jeovani, que também faz parte da equipe municipal de Terapia Comunitária, explicou que trata-se de uma rede social de apoio para as pessoas contarem suas experiências, vivências, partilhando emoções e problemas comuns de forma diferente da terapia convencional.
O objetivo da reunião, segundo Débora, é cuidar de quem cuida dos outros num espaço público em que todos têm vez e voz. Trocando em miúdos, na reunião com a equipe de Saúde de Atenção Básica o trabalho será lidar diretamente com os profissionais que desenvolvem com a população esse tipo de apoio, que tem um resultado individual, mesmo sendo praticado dentro de uma abordagem grupal.
O método foi criado há 20 anos pelo psiquiatra e antropólogo brasileiro, Adalberto Barreto, da Universidade Federal do Ceará, com um trabalho numa favela de Fortaleza e se alastrou para todo o país. Segundo ele, em entrevista no site da Associação Brasileira de Terapia Comunitária (www.abratecom.org.br), “a técnica é a partilha de experiências que aponta as possibilidades de superação dos sofrimentos do cotidiano”.
A participação na Terapia Comunitária é gratuita. Mais informações no Núcleo de Saúde Mental de Macaé, que funciona à Rua das Laranjeiras, s/n, e o telefone para atendimento ao público é (22) 2759.9410.