Reflorestamento é tema curso promovido pela Agricultura

06/05/2011 18:07:26 - Jornalista: Catarina Brust

Foto: Kaná Manhães

Curso é oferecido em parceria com o Senar e Sindicato Rural de acordo com demanda dos produtores rurais

A subsecretaria de Agricultura, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RJ) e o Sindicato Rural de Macaé, iniciou esta semana uma série de cursos voltados para os agricultores do município. Os cursos começaram na quarta-feira (4) e o tema escolhido foi Reflorestamento - Proteção de Nascentes; na quinta-feira (5), Reflorestamento - Produção de Mudas e nesta sexta-feira (6), Reflorestamento - Controle de Formigas.

As aulas acontecem no Horto Municipal, no bairro do Imburo, que é gerenciado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico, por meio da subsecretaria de Agricultura. As aulas são gratuitas são realizadas das 8h às 17h e a prefeitura oferece lanche e almoço para os participantes. Os professores são instrutores do Senar-RJ.

- O objetivo é atender a demanda dos agricultores do município com cursos necessários para melhorar a qualidade da produção ou como foco no meio ambiente como é o caso deste curso de Reflorestamento. Como o curso acontece no Horto Municipal, os alunos podem ter aulas práticas também e, no final, eles recebem o certificado e uma cartilha com o conteúdo das aulas teóricas. Até o final do ano estaremos desenvolvendo um total de 11 cursos inclusive na região serrana, explica o subsecretário de Agricultura, Darlin Grativol.

De acordo com a mobilizadora do Senar-RJ, Marlene Nascimento, é feito um diagnóstico das necessidades dos produtores e pequenos produtores. Os cursos desenvolvidos pelo Senar-RJ são implantados através do retorno dos impostos pagos pelos produtores rurais a Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj).

- Os cursos oferecidos são os que atendem as necessidades dos produtores agrícolas. Esse ano serão 11 cursos que serão ministrados, inclusive na região serrana. Também teremos um curso de Inclusão Digital – básico (1ª fase) que será realizado em todos os distritos da região serrana e no Assentamento Celso Daniel. A segunda fase deste curso será ministrada em 2012, explicou Marlene Nascimento

Como a demanda é grande por operadores de tratores no município o próximo curso, que acontece em junho, será voltado para essa área. Nos dias 6, 7 e 8, os produtores rurais vão aprender sobre a Manutenção de Trator Agrícola e, nos dias 9, 10 e 11 sobre a Operação de Trator Agrícola.

Nesta sexta-feira, o instrutor do Senar-RJ, Gustavo Adolfo Schmidt, ministrou o curso sobre Controle de Formigas, com aula prática na área do Horto Municipal. Os produtores puderam conhecer maneiras de combater a formiga que é um problema comum para todos os agricultores.

- Coloquei veneno (granulado) uma vez, elas levaram e morreram muitas, mas na segunda vez parece que elas já conheciam o produto e não levaram mais. Elas cortam tudo, qualquer plantação – explica o agricultor Marivaldo R. Fernandes.

O professor do Senar-RJ detalhou que as formigas levam até dois anos para formarem um formigueiro com um olheiro (uma só entrada e saída) e, a partir daí, criam mais saídas e entradas. Elas abastecem as galerias do interior do formigueiro com o material verde que é colhido pelas “soldados” e esse material vira um substrato para um fungo que alimenta as formigas. O Mirex, por exemplo, que é um veneno muito utilizado na lavoura, mata o fungo o que faz a formiga morrer de fome. De acordo com Gustavo Adolfo Schmidt a segunda aplicação do produto deve ser feita depois de 20 dias. Ele também ensinou para os agricultores um granulado feito à base de bagaço da laranja.

Cida Stica, agricultora e moradora do Assentamento Celso Daniel há oito anos, já implantou em seu sítio o Sistema de Agrofloresta.

- Já aprendi muito nesses cursos e agora estou transformando minha terra numa Unidade de Aprendizado, por meio de parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), onde os alunos aprendem a recuperar a terra degradada e eu adquiro o conhecimento e melhoro a qualidade do meu terreno, contribuindo com o meio ambiente. Também planto pimenta, banana, tomate de várias espécies que comercializo na feirinha do município – explica a agricultora.

De acordo com o engenheiro agrônomo da subsecretaria de Agricultura, João Flores, os cursos melhoram a consciência ambiental dos produtores rurais.

- São repassadas práticas que trazem sustentabilidade para a vida no planeta e recuperam áreas degradadas – pontuou.


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