Foto: Flávio Sardou
Prefeito destacou a importância do livro em resgatar o encantamento, orgulho e a paixão pela cidade
Um município em diferentes tempos históricos, retratados em 128 páginas, entre textos e imagens, no livro “Relatos e Personagens na História de Macaé”. A obra foi lançada, na noite desta terça-feira (8), no Solar dos Mellos – Museu da Cidade de Macaé, que este ano comemora 10 anos de fundação. Durante o evento, também foi inaugurada a exposição “Cesar Mello: entre trigo e letras”.
O prefeito Dr. Aluízio, que assina o prefácio, destacou a importância de resgatar o encantamento, orgulho e a paixão pela cidade. “Este livro é um de resgate histórico. Macaé é história, é gente, é um município que tem compromisso com o país. É uma história que precisa ser contada, lembrada. São cenários que marcaram épocas dos macaenses e tudo isso representa sentimentos, principalmente, carinho e respeito”, acrescentou.
O livro, com ilustrações do artista plástico Marcelo Vitiello, é uma realização da Fundação Macaé de Cultura (FMC), por meio da Vice-Presidência de Acervo e Patrimônio Histórico, em parceria com a secretaria Municipal de Educação. “No ano em que comemoramos dez anos de fundação do Solar dos Mellos, é o momento de celebrar nesta casa, um espaço público que vem ao encontro do propósito do Cezar Mello. Este livro nos faz acreditar que a educação patrimonial gera uma história coletiva”, ressaltou a vice-presidente de Acervo e Patrimônio Histórico, Gisele Muniz.
Para o presidente da FMC, Juliano Fonseca, o livro é uma oportunidade de promover a educação patrimonial. “Patrimônio é um conjunto de bens culturais que precisam ser vividos. E isso se constitui aqui no Solar dos Mellos, um museu que vive experiências. Vamos distribuir o livro para toda a rede de ensino municipal. Cada escola receberá um baú que inclui esta obra e outra lançada no ano passado, Imagens do Século, além de um CD com o Hino de Macaé”, disse Juliano.
A secretária municipal de Educação, Lúcia Thomaz, afirmou que o livro “Relatos e Personagens na História de Macaé” estabelece vínculos e relações com uma história que será passada aos professores e alunos. “É uma experiência de contato com o passado para entender o presente e poder sonhar o futuro para os cidadãos macaenses”, frisou.
O lançamento contou com a presença de representantes do Executivo e Legislativo. Além disso, alunos da Escola Estadual Municipalizada Raul Veiga, e de crônicas de Cezar Mello, com integrantes do curso técnico de Teatro da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart) que fizeram uma apresentação musical.
Macaé Colônia, Imperial e Republicana
Fatos da Macaé colônia abrem a obra, retratando o processo de ocupação, povoamento, aldeamento dos índios Guarulhos, a constituição e os desmembramentos das freguesias que, posteriormente, deram origem ao município. A Macaé Imperial é contada na segunda parte com os relatos de acontecimentos que marcam a passagem do território macaense, da condição de freguesia à situação de vila e a sua elevação a cidade. Por último, o livro fala sobre a Macaé republicana, trazendo para os leitores uma apresentação geral da cidade e das transformações vividas ao longo do século XX.
Trata-se de um trabalho literário composto por fragmentos de documentos descritos à mão e textos impressos de viajantes memorialistas de cada época, cronistas dos séculos XVI, XVII, XVIII, XIX e XX, que viram e sentiram a Macaé de um passado remoto e recente. O desafio é disponibilizar para os leitores uma obra que destaque vários traços da vida, da demografia, da geografia, da economia e da cultura, em síntese, da sociedade macaense em diferentes tempos históricos.
Cezar Mello: entre trigo e letras
A exposição traz vestígios encontrados no Solar desde quando a casa dos Mellos foi constituída como museu pela lei 2463/2004. São documentos que evidenciam o lado empreendedor de um homem de negócios. Recibos e notas fiscais representam o proprietário da Padaria Popular, conhecido pelos contemporâneos não só pelos biscoitos, mas pelo seu lado humanizado. Nascido em Macaé, no dia 23 de abril de 1876, foi comerciante, jornalista, primeiro presidente da Colônia de Pescadores e patrono da extinta Academia Macaense de Letras.