Estão em andamento as obras de reconstrução dos 400m do calçadão da Praia Campista destruído pela ressaca que atingiu a orla de Macaé, em julho. A ressaca levou parte da ciclovia, afetando também parte do calçamento da Avenida Atlântica em três pontos: em frente a AABB, Clube Cidade do Sol e edifício Macaé Palace. Os trabalhos, efetuados pela Prefeitura de Macaé e secretaria Executiva de Obras (Semob), tiveram início logo que a ressaca diminuiu, quando foi retirando o material destruído pelas ondas, preparando o local para a construção do muro de concreto para proteger a área destruída.
No primeiro momento, a Semob colocou centenas de sacos de areia para conter a força do mar. Com o fim da ressaca, foram iniciadas as obras de proteção, com colocação de estacas de aço, ou piper drill (tubos de perfuração) nos dois lados da calçada a ser reconstruída. São colocadas cerca de 200 estacas de cada lado, distanciando uma da outra em um metro, totalizando quase 400 estacas de aço de mil milímetros.
Vistoriando as obras, na manhã de terça-feira (14), o secretário Executivo de Obras, Tadeu Campos, disse que a prefeitura, por determinação do prefeito Riverton Mussi, vem procurando vencer todas as dificuldades do local para prosseguir os trabalhos, pois a maré continua alta.
- A preocupação da prefeitura é realizar a obra com todo cuidado para proteger a área, já que estamos no mês de agosto, quando as ressacas sempre acontecem e são mais fortes. As dificuldades de trabalhar na colocação das estacas são muitas, porque trabalhamos na areia com o mar batendo forte. Esperamos concluir o muro de contenção no menor espaço de tempo possível, para proteger essa parte da orla, com muitas residências – disse Tadeu Campos.
Após a colocação dos tubos de perfuração, será iniciada a construção do muro de concreto, visando garantir a segurança da área. A nova contenção terá mais de dois metros de profundidade para ficar abaixo do nível de areia hoje existente.
Quando o muro de contenção antigo, destruído pela ressaca no final de julho, foi construído, o nível do mar estava mais baixo e a faixa de areia da orla da Praia Campista era bem larga. Com as mudanças no nível do mar e com as fortes ressacas dos últimos anos, levando grande parte da areia, principalmente onde não há vegetação de restinga, o muro não resistiu.
Conforme observaram antigos moradores, durante a ressaca cerca de dois metros de altura de areia foi levado pelo mar, aflorando na areia pedras que nunca haviam aparecido na orla. O problema foi maior nas áreas onde não há vegetação de restinga, proteção natural da orla.
A reconstrução dos 400 metros de calçadão da Praia Campista é o primeiro passo para proteger esse trecho da orla, assim como é feito na região da Barra de Macaé e Fronteira, onde as ressacas ameaçam várias residências e a prefeitura constrói um muro de pedras. Conforme Tadeu Campos, o município vai intensificar os estudos e buscar o apoio das outras esferas do governo, federal e estadual, para definir as melhores opções para sanear os problemas na orla em Macaé.