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Restaurante Popular Prato Cheio serve mil refeições por dia

04/01/2006 17:15:46 - Jornalista: Alexandre Bordalo

O servente José da Silva Santos, 32 anos, todos os dias almoça uma refeição balanceada, montada por nutricionistas. Morador da Ajuda de Baixo, em Macaé, ele trabalha no Centro da cidade, e costumava comer em marmitas ou até mesmo ficar sem almoço por não ter como ir em casa. Há um ano, a vida de José mudou. Ele é uma das mil pessoas que todos os dias lotam o Restaurante Prato Cheio, mantido pela prefeitura, que serve refeições a R$ 1.

O Restaurante é administrado pelas lojas maçônicas de Macaé, através de um conselho gestor. O presidente do conselho, Cliton da Silva Santos, disse que desde a inauguração do restaurante, em abril de 2004, já foram servidas cerca de 450 mil refeições. Por dia, são vendidas mil refeições para pessoas de baixo poder aquisitivo.

Segundo Cliton, além de fornecer refeições de qualidade por um preço baixo, o restaurante também detecta problemas sociais, através do trabalho de uma assistente social e os encaminha a órgãos competentes. “Um grande número de casos tem sido alvo do trabalho do serviço social do restaurante, que busca ajudar quem realmente precisa”, disse.

Ele conta ainda que há uma média de 40 pessoas por dia que não paga nada, conforme avaliação da assistente social. Crianças com menos de dez anos de idade, idosos (que são 30% dos freqüentadores), comerciários e servidores, além de dependentes químicos, são grupos que se alimentam no restaurante. O atendimento é feito a partir das 11h e vai até as 13h30.

“O restaurante Prato Cheio serve uma comida saudável, evitando problemas de saúde para seus freqüentadores. Muitos anteriormente se alimentavam na hora do almoço somente com salgadinhos gordurosos, como pastel”, enfatiza Cliton. Uma nutricionista acompanha o cardápio diário oferecido no restaurante. Ao todo são 28 pessoas que formam a equipe do Prato Cheio. “Cozinheiros, ajudantes de cozinha e pessoal de apoio buscam atender com cordialidade e gentileza aos populares”, afirma.

Esta opinião é compartilhada pelo ajudante de obras Rubens Henrique. Ele acha a comida de boa qualidade e diz que se não fosse o restaurante popular, muitas pessoas estariam sofrendo mais necessidades que atualmente. “Desempregados, pessoas de outras cidades que vêm a Macaé buscar emprego saciam sua fome aqui. Agradeço a Deus e a prefeitura por este restaurante”, ressalta.

A costureira Teresinha Verciliana de Moraes e o auxiliar de escritório Sergio Garcia também gostam do restaurante. Eles o freqüentam diariamente desde sua inauguração e estão satisfeitos com o atendimento, com o preço e com a qualidade das refeições, além do preço.