Foto: Bruno Campos
Representantes de associações de moradores e outras entidades participaram do encontro
Qual é a cidade que temos? E qual é a que queremos? Esses são os questionamentos que norteiam a 5ª Conferência Municipal da Cidade de Macaé, que acontece na sexta-feira e sábado próximos (20 e 21), no auditório da Cidade Universitária. Nesta segunda-feira (16), foi realizada uma reunião com representantes de bairros e entidades, na qual foram passadas algumas informações sobre o evento, que, nacionalmente, está em sua sexta edição, e tem como tema "A cidade inclusiva, participativa e socialmente justa".
Segundo a secretária adjunta de Gestão Estratégica, Gisele Muniz, a Conferência da Cidade é mais uma ação de transparência, que tem sido uma marca do governo. Desde o início do ano, tem sido trabalhada a questão, com a realização de reuniões.
- Só essa semana tivemos duas reuniões, pré-conferências, e vemos essa participação com uma cadência bem promissora nesse compromisso de fazer um chamamento aos munícipes. E Macaé é um dos 5.700 municípios que tem exercido bem o chamamento desse ministério. A ideia é chamar para que a cidade se aproprie de um diálogo, como sociedade organizada, para que a gente tenha um projeto social igualitário - explicou.
Gisele Muniz lembra que em 2013 participou da Conferência como cidadã e acredita que a realização cumpriu a missão, que é enxergar possibilidades em meios ao caos, por meio do diálogo, em cima de dados reais. A secretária lembrou que 2016 é ano de revisão do Plano Diretor e é importante essa participação na conferência, com os cidadãos atuantes, compromissados.
- Foi um evento muito motivacional, no início da gestão. Entre os compromissos firmados, mudanças na questão da mobilidade urbana, do trânsito, e de uma cidade que não é apenas para carros, é para todos, buscando mais cuidado para o pedestre, cadeirante. E já há linhas desenhadas para melhoras. No saneamento também é possível ver essa melhora. Temos visto a cidade mais cuidada. E agora precisamos olhar para a questão da justiça social - ressaltou.
Reunião - Miriam Reid, assistente social do Plano Diretor de Macaé, foi a dirigente da reunião de segunda-feira, que solicitou aos participantes que se reúnam em seus bairros e entidades e tragam, no fim de semana do evento, propostas pertinentes a melhorias para os bairros ou áreas.
- A conferência é para todos os moradores. É um instrumento do cidadão, que poderá tirar as propostas para o município, Estado e País, como um todo. Essa é a oportunidade que os moradores têm de colocar as suas propostas. O tema, que trata de cidade inclusiva, é o grande desafio do mundo hoje que precisa de alternativas e onde veremos o que pode ser executado com recursos da prefeitura, do Estado, do Governo Federal. Por isso é importante que cada associação de moradores se reúna no bairro e traga propostas - explicou Miriam.
No evento haverá, ainda, a indicação para o Conselho e os delegados de cada entidade para representar Macaé na Estadual. "A conferência nada mais é do que um balanço do que foi apresentado na edição do evento e 2013. As reivindicações feitas e a prestação de contas da prefeitura, o que foi e o que não foi realizado. O objetivo é sensibilizar e mobilizar a sociedade para estabelecer uma agenda e metas e planos de ação para enfrentar os problemas da cidade", ressaltou a assistente social do Plano Diretor de Macaé.
Conferência - Qualquer pessoa pode participar da conferência. As inscrições podem ser feitas pelo site www.macae.rj.gov.br. Também serão aceitas inscrições no local, na sexta-feira, das 16h às 20h. Serão quatro eixos de debates: eixo I - a cidade que temos: como chegamos ao modelo atual de cidade?; eixo II - a cidade que queremos: como construir uma cidade inclusiva, participativa e socialmente justa?; eixo III - a função social da cidade e da propriedade; eixo IV - Macaé do Futuro: pensando na diversidade energética.
Programação - A conferência terá solenidade de abertura, às 18h30 da sexta-feira (20) e, em seguida, apresentação e aprovação do regulamento. A partir das 19h30, haverá painéis e debates. As atividades do segundo dia irão começar às 9h, com grupos de debates. Os trabalhos continuam às 13h30, com moção - leitura e aprovação, votação das propostas dos grupos e eleição de delegados. A escolha dos delegados para a etapa estadual segue as diretrizes do regimento da sexta Conferência Nacional quanto à proporção de representação dos segmentos sociais: poder municipal (42,3%), movimento popular (26,7%), empresários (9,9%), sindicato trabalhador (9,9%), organização não governamental (4,2%) e entidades acadêmicas (7%).
Durante a conferência haverá, também, às 17h, eleição para Conselho da Cidade de Macaé, com apuração dos votos, às 17h30.