Presente na Rio Oil & Gás, realizada esta semana no Rio de Janeiro, o secretário de Ciência e Tecnologia Guilherme Jordan, disse que a participação do institucional da prefeitura de Macaé na feira foi marcada por muitos contatos, troca de informações e possíveis investimentos no mercado macaense. “O poder público municipal tem grandes desafios. O setor de petróleo é o que mais cresce no Brasil, totalizando investimentos da ordem de U$ 100 bilhões até 2011, em toda cadeia produtiva de Exploração e Produção (E&P)”, afirmou Guilherme.
Segundo disse, outro ponto alto do evento foram as discussões sobre investimentos em projetos de biocombustíveis, através de usinas de biodiesel e o projeto H-Bio. Guilherme aponta dados repassados pelo gerente de dutos e escoamento da Transpetro, Marcelino Guedes, segundo o qual a estatal está investindo bastante na logística para escoamento de etanol. “Isso culminará na construção do duto que interligará o interior paulista até os portos de São Sebastião e Rio de Janeiro”, avisa o secretário.
- O governo Riverton tem andado na frente no referente aos projetos de biodiesel e micro usinas de álcool, através de ações da secretaria de Ciência e Tecnologia, beneficiando o pequeno agricultor, elucida Jordan.
Com relação aos projetos de biodiesel, a Petrobras promete incentivar a expansão das usinas de álcool e biodíesel nos próximos anos. “Os painéis abordaram questões como o conteúdo local, previsto para os novos campos licitados na oitava rodada de negócios da Agência Nacional do Petróleo (ANP)”, ressalta. Ele acrescenta ainda que também foram tratados os aspectos jurídicos de arbitragem na divisão de blocos, buscando equalizar os benefícios da Petrobras e dos novos entrantes no mercado brasileiros.
Tudo isso foi observado na conferência da maior feira petrolífera da América Latina. Foram trazidos à tona assuntos como o abastecimento do mercado nacional, os desafios do refino, os investimentos a serem realizados no complexo petroquímico do Rio de Janeiro. Além do mais, foi tema de discussões a melhoria do cenário logístico para otimizar os ganhos do setor, como também a importância e o impacto de investimentos em pesquisa e desenvolvimento para soluções tecnológicas, que agreguem valor ao produto industrial brasileiro. O tema principal das discussões foi a auto-suficiência, que direcionou os debates.
No tópico sobre pesquisa e desenvolvimento P&D, foram abordados os percentuais de investimentos nesse segmento no Brasil por empresas atuantes na cadeia produtiva de petróleo e gás. Mostrou-se que ainda há muito que se caminhar para obtenção de padrões internacionais. A palestra proferida pelo gerente executivo do Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), Carlos Tadeu, explicitou o impacto da parceria entre empresa e universidade, visando soluções científicas e tecnológicas para exploração e produção (upstream) e refino e distribuição (dowstream).
O Instituto Macaé de Metrologia e Tecnologia (IMMT) também esteve presente ao evento, quando seus representantes inteiraram-se das novas tecnologias oferecidas pelo mercado petrolífero, uma vez que o Instituto atua como fornecedor da cadeia produtiva de óleo e gás. “A partir de novembro próximo aumentaremos nosso escopo de trabalho, com acreditação dos laboratórios de dimensional, elétrica e audiometria”, disse a diretora do IMMT, Júlia Paletta.
O evento envolveu quatro pavilhões que sediaram os estandes de grandes operadoras de petróleo nacional (Petrobrás, PDVSA e Sonangol) e internacional (Chevron, Repsol, Amerada Hess, Conoco Phillips, entre outros). Também participaram os principais players da indústria parapetrolífera, além de prestadores de bens, serviços e instituições ligadas ao segmento.