O prefeito Riverton Mussi consolidou nesta quarta-feira (13), com o secretário estadual de Habitação, Fernando Avelino, a parceria entre Macaé e o Governo do Estado para a implantação do programa SOS Habitação. Serão beneficiadas 321 famílias atingidas pelo vendaval ocorrido dia 20 de junho na cidade, com cheques de até R$ 250 para serem usados na compra de material de construção. O prefeito se encontrou com o secretário estadual no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho, o Macaé Centro, durante apresentação do projeto SOS Habitação para lojistas de materiais de construção.
- Muitas famílias já receberam material de construção da prefeitura, como tijolos, areia e cimento, além de colchonetes e outros primeiros socorros. Com o cheque, as famílias poderão comprar o que ainda precisam para a recuperação de suas casas – afirmou Avelino, acrescentando que para ser beneficiada, a família deve ter renda de até três salários mínimos.
O prefeito disse que Macaé enfrentou dois momentos difíceis neste ano que contribuíram para elevar o déficit habitacional: a enchente de fevereiro e os ventos de quase 105 quilômetros por hora, ocorridos dia 20 de junho, que deixaram os bairros Lagomar, São José do Barreto e Aeroporto em situação de emergência.
- Além disso, Macaé enfrenta um problema habitacional crônico, com o crescimento da área periférica. Muitas pessoas vêm de diversos lugares do país a procura de emprego no município. Oportunidade de trabalho existe, mas para quem tem qualificação – analisou.
CASAS POPULARES - Para diminuir o déficit habitacional, Riverton lembrou que a prefeitura iniciou a implantação da política desta área. “Estamos construindo 307 unidades habitacionais no Bosque Azul, no bairro Ajuda, para as famílias atingidas pela última enchente”, informou. Cerca de 1,2 mil pessoas vão morar nas unidades a partir de setembro. Toda a área será urbanizada e terá infra-estrutura urbana.
CONVÊNIO COM A CAIXA – Outra ação habitacional adotada pelo prefeito foi o convênio firmado na segunda (11) com a Caixa Econômica Federal (CEF), para a reconstrução de 250 casas destruídas - parcialmente ou totalmente - pelo vendaval.
No total, cada unidade habitacional a ser reconstruída terá investimento de até R$ 9.080 mil – serão liberados R$ 6.990 mil pelo fundo de garantia, através da CEF, a fundo perdido e a prefeitura vai pagar antecipadamente R$ 2.090. Neste caso, as famílias terão seis anos para pagar cerca de R$ 40 por mês, para arcar com o financiamento de R$ 2.090.
SOS – Dentro do programa SOS Habitação, as 321 famílias cadastradas vão receber um cheque de até R$ 250 e trocar em qualquer loja de construção civil, por material para reparar as residências. Participaram do encontro com os lojistas os secretários de Obras, Tadeu Campos; de Promoção Social, Waldeci Brandão; de Comunicação Social, Romulo Campos e de Educação, Milmar Pinheiro; o coordenador da Defesa Civil do município, Eric Schueler, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), José Edmundo e autoridades do Estado.
Projeto vai recuperar moradias
O programa Bairro Feliz vai recuperar moradias, com reboco, recuperação de telhados, pintura, embolso e outras intervenções, de pelo menos seis bairros nos próximos anos. A afirmação foi feita pelo prefeito Riverton Mussi durante a implantação do projeto SOS Habitação. O bairro Fronteira será o primeiro beneficiado, onde serão investidos R$ 3 milhões, incluindo a urbanização do local e a construção de equipamentos comunitários.
Outra ação nesta área é uma permuta com o Ministério da Marinha para a retirada de famílias que estão em área de risco, como algumas casas no bairro Fronteira. Riverton defendeu, durante discurso no encontro com os lojistas, a busca de parcerias como forma de solucionar os problemas que a cidade enfrenta. “Desde que assumimos o governo, temos buscado todas as formas de relacionamento com o Estado e a União”, destacou.
A prefeitura também está desapropriando mais de 50 terrenos para a construção de casas populares – o município tenta fazer parcerias neste programa. “Defendemos o crescimento ordenado da cidade. Queremos fazer um trabalho de inclusão social, respeitando a qualidade de vida de todos”, comentou Riverton, que defende também uma política de crescimento de moradia regional, para envolver todas as cidades limítrofes com Macaé.