Foto: Érica Ferreira
Blues e jazz marcam Sana Instrumental Festival
Ele contagiou o público utilizando naipes de flauta, desde o piccolo até o sax soprano. Prestou tributo à eterna musa da MPB, Elis Regina, contagiando e deixando o público, que lotava o espaço Cria – Sana, devidamente maravilhado. Foi o competente músico e instrumentista Carlos Malta, que se apresentou em ocasião do Sana Instrumental Festival, ocorrido no último final de semana no sexto distrito de Macaé com apoio da prefeitura. O festival reuniu no sábado (5) e no domingo (6) cerca de 300 pessoas no Cria-Sana.
Simultaneamente ao festival, turistas, moradores e famílias inteiras puderam curtir a exposição em homenagem ao centenário do poetinha, como era carinhosamente chamado o compositor Vinícius de Moraes. Isso se deu numa sala no próprio Cria-Sana, onde um pouquinho da vida desse grande mestre da MPB foi mostrada, juntamente com sua trajetória: com letras de músicas, além de fotos realçando sua parceria com outro ícone, Tom Jobim.
Para o administrador do espaço Cria – Sana, Fausto Andrade, o Sana está vivendo uma transformação com a ida a essa localidade de pessoas mais maduras. Esse distrito de Macaé é caracterizado pelo alto astral e por cachoeiras exuberantes, além de muita juventude regada ao som de reggae e forró. Ele lembrou que o Sana Instrumental Festival já levou ao Sana músicos como Wagner Tiso e Víctor Biglione, havendo mais ênfase em outro tipo de música: o jazz e o blues, além de músicas clássicas.
Nesse festival de 2013, Carlos Malta emocionou a plateia, logo no início, tocando no meio do público. Fez valer literalmente o que diz a canção de Milton Nascimento: “todo artista tem de ir aonde o povo está”. Ele foi aplaudido a todo o momento, tocou “Aquarela do Brasil” e “Águas de Março”, além de “O Bêbado e o Equilibrista”. Teve parceria com o músico francês Jean Luc, que também animou a plateia em uma canção.
Sana Instrumental Festival
Para a artesã Vanessa Imenes, de 33 anos, o Sana merece um evento deste porte e dessa qualidade. “É sensacional: novas pessoas com um estilo musical diferente daquilo que existe nessa região, trazendo diversidade cultural”, comenta. Um dos organizadores do evento, o produtor Paulo Lima, conta que esse festival já ganhou notoriedade, tendo desempenho importante e abrindo novos horizontes a jovens músicos.
No sábado (5), das 14h30 às 16h, houve chorinho itinerante pelo Sana, quando canções de Benedito Lacerda e de Pixinguinha foram apresentadas nas ruas do distrito. Ainda neste dia, mas à noite, foi a vez do show do quarteto de sopros “Metal Experimental” apresentar-se no local do evento com repertório variado: jazz, MPB e música erudita.
Logo depois, o violonista Ernane Maldonado dividiu o palco com o quinteto de sopro “Quintaventos”. Ele se adequou à exposição, tocando canções de Vinícius de Moraes. Encerrando o primeiro dia foi promovido o show de Carlos Malta. Ao meio-dia de domingo (6), foi o momento musical inesquecível com a Orquestra de Cordas Grotas, de Niterói, para delírio dos amantes de música clássica.
Estrutura da prefeitura garante evento
Durante o Sana Instrumental Festival, uma ambulância da secretaria de Saúde esteve a postos. Nove guardas da Guarda Municipal também marcaram presença em prol da segurança no local. Cinco agentes de trânsito da secretaria de Mobilidade Urbana também atuaram na rua em frente ao Cria Sana.
Todo este evento contou com o apoio da Fundação de Esporte e Turismo (Fesportur), do Fundo Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Fumdec), da secretaria de Trabalho e Renda (Semtre) e demais órgãos da Prefeitura Municipal de Macaé.