Foto: Rui Porto Filho
Evento marca passagem dos 110 anos de nascimento do artista
Um encontro de apaixonados pela boa música e pelo flautista e compositor macaense Benedicto Lacerda. Foi assim o sarau que reuniu um público de todas as idades no pátio do Solar dos Mellos - Museu da Cidade de Macaé, nesta quinta-feira (14).
Organizado pelo Grupo de Chorões de Macaé, com o apoio da prefeitura, a passagem dos 110 anos de nascimento de Benedicto Lacerda contou com a presença do Coro das Cigarras de Macaé, dos músicos de Conceição de Macabu, integrantes do Coletivo Só Pra Moer, dos flautistas Werlles de Paula, Jean Macaé e de alunos e professores da Emart - Escola Municipal de Artes Maria José Guedes.
A reunião de músicos e poetas no quintal da casa de César Mello lembrou os tempos, na década de 40, quando Benedicto Lacerda chegava de trem à cidade para encontrar amigos e familiares. A parada era obrigatória para saraus e churrascos na Sociedade Nova Aurora, como relata o estudioso do flautista, o musico Rúben Pereira.
- Benedicto era um apaixonado por esta cidade e, por onde tocava, sempre falava e citava Macaé. O chorinho faz parte da cultura macaense e temos muitos músicos na cidade que tocam este estilo musical. Os chorões sempre se encontram e mantém esta cultura histórica viva - ressaltou.
O Sarau em Homenagem a Benedicto Lacerda começou em Macaé comemorando os 98 anos do músico, e culminou no Centenário do Flautista Macaense em 2003. Os primeiros saraus aconteceram na Capela da Nova Aurora, na Praia de Imbetiba, no pátio da Lira dos Conspiradores, no Calçadão da Rui Barbosa e no Bico da Coruja.
A partir destas homenagens nasceu o Festival Cultural Benedicto Lacerda, que acontece desde 2008. Os músicos que organizam o Sarau, denominados "Chorões de Macaé", pretendem começar a partir do Sarau deste ano a movimentar a criação do Clube do Choro de Macaé.