Integrando recentemente a rede municipal de saúde, o Programa de Orientação e Recuperação de Toxicômanos (Porto), anteriormente vinculado à Fundação de Ação Social (FAS), está passando por um processo de reformulação. O objetivo é a sua transformação em Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas (Caps-ad). O serviço é especializado em saúde mental, atendendo pessoas com problemas decorrentes do uso ou abuso de álcool e outras drogas.
O trabalho faz parte da nova proposta do Ministério da Saúde de substituição à internação psiquiátrica. A equipe da secretaria Especial de Saúde que integra o Caps-ad também busca credenciamento do serviço junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde o mesmo receberá uma verba inicial de incentivo para a implantação e posteriormente de manutenção.
Segundo a coordenadora técnica Miriam Di Giovanni, os serviços prestados pelo Caps-ad já estão sendo desenvolvidos pela Semusa, como a realização de oficinas, terapias e atenção familiar. “O processo de credenciamento já esta bem adiantado, pois obtivemos total apoio dos gestores municipais para o aperfeiçoamento do serviço, de acordo com as exigências do Ministério da Saúde”, disse.
O funcionamento do Caps-ad integra a rede de atenção da saúde e consiste no atendimento ambulatorial de atenção diária ampliada, que envolve todos os aspectos do indivíduo, que tem como princípio a sua inserção na sociedade.
Além do atendimento individual com psiquiatra, pneumologista/clínico geral, psicólogo e terapeuta ocupacional, o Caps-ad Porto realiza oficinas que buscam atividades terapêuticas. Entre as oficinas estão as de artesanato com decupagem, mosaico e cestaria, como também de reflexão e motivação, vídeo, qualidade de vida sem tabaco, treinamento de habilidades e a terapia dos 12 passos.
Os profissionais fazem ainda reuniões com grupos terapêuticos para dependentes químicos, adolescentes, familiares de dependentes químicos, todos com abordagens diferenciadas.
De acordo com Miriam, são registrados por mês uma média de 160 novos atendimentos. Comparecem regularmente ao tratamento uma média de 80 pessoas. “É importante ressaltar que apenas são atendidos os pacientes que buscam ajuda, já que o tratamento é aberto. Isto é, não há internação ou qualquer outro procedimento contra a vontade do dependente”, frisou.