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Saúde Coletiva de Macaé participa de evento promovido pelo Ministério da Saúde

26/11/2010 16:06:03 - Jornalista: Monica Torres

Foto: Arquivo

Trabalhos desenvolvidos em Macaé, como o das gotas homeopáticas contra a dengue, serão apresentados a nível nacional.

A coordenação de Saúde Coletiva, da Secretaria de Saúde de Macaé, representada pela pediatra homeopata Laila Nunes, acaba de participar da Oficina de Trabalho para a atualização da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PIC).

Promovida pelo Ministério da Saúde, entre os últimos dias 10 e 12, a oficina aconteceu em Brasília para formular propostas de avanço e desafios à consolidação das PICs, no Sistema Único de Saúde (SUS), e elaborar propostas para o quadriênio 2011–2014.

Para a representante do Sistema de Saúde Municipal, a coordenadora da Saúde Coletiva, Laila Nunes, muitos foram os avanços e desafios nas diversas áreas e instâncias de governo com a formulação, aprovação e implantação da Política de Práticas Integrativas e Complementares, nos últimos quatro anos.

- São práticas que estimulam os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde e contribuem, entre outros, para a promoção da saúde, inserção social, redução do consumo de medicamentos, melhoria da auto-estima e da qualidade de vida. A integralidade da atenção à saúde recoloca o sujeito como principal, compreendendo-o nas dimensões física, psicológica, social e cultural, disse a coordenadora.

Laila lembra que, neste caminho, a coordenação de Saúde Coletiva de Macaé teve três trabalhos aprovados para participar do I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental, que vai acontecer em Belém, Estado do Pará, de 6 a 10 de dezembro.

Os trabalhos aprovados foram a partir de experiências exitosas promovidas pela Secretaria de Saúde junto à população de Macaé. Os painéis que serão apresentados são: “Forças Tarefa contra a Dengue. A importância da intersetorialidade no controle da doença no município de Macaé”, “Concurso Campanha da homeopatia nas escolas” e “Implantação do Programa de Controle de simulídeos (borrachudos) no município de Macaé”.

A Oficina de Trabalho sobre as Políticas Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, como esclarece Laila Nunes, foi dividido em três encontros realizados entre os dias 10 a 12; 17 a 19 e, o último, que começou dia 24, tem fim nesta sexta-feira (26).

O tema da primeira oficina de trabalho foi Homeopatia. O segundo encontro atualizou o texto técnico da política sobre Plantas Medicinais e Fitoterápicos; já o encerramento está discutindo a Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura.

Participaram representantes da sociedade civil organizada, Conselho Nacional de Secretarias de Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Conselho Nacional de Saúde e diversas áreas do Ministério da Saúde.

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, instituída em 2006, por meio da Portaria GM/MS nº 971, de 03/05/2006, contempla diretrizes, ações e responsabilidades institucionais para desenvolvimento no SUS da Homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Plantas Medicinais e Fitoterapia, além de observatórios de Medicina Antroposófica e Termalismo Social/Crenoterapia.

Quais são as práticas integrativas e complementares?

Medicina Tradicional Chinesa: Sistema médico integral, originado há milhares de anos na China, que se fundamenta na teoria do Yin-Yang e a dos cinco movimentos. Utiliza como elementos a anamnese, palpação do pulso, observação da face e língua e possui como abordagens terapêuticas a acupuntura, plantas medicinais e fitoterápicos, dietoterapia, práticas corporais e mentais.

Acupuntura: Recurso terapêutico da Medicina Tradicional Chinesa que pode ser usado de forma isolada ou integrado com outros recursos terapêuticos. Entre as inúmeras indicações, destaca-se seu uso no manejo de doenças osteoarticulares.

Homeopatia: Sistema médico complexo, de caráter holístico, baseado no princípio vitalista e na lei dos semelhantes, enunciada por Hipócrates no século IV a.C. A homeopatia desenvolvida por Samuel Hahnemann no século XVIII, utiliza como recurso diagnóstico a matéria médica e o repertório e, como recurso terapêutico, o medicamento homeopático.

Plantas Medicinais e Fitoterapia: Terapêutica caracterizada pelo “uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal”. A prática da Fitoterapia incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação social.

Termalismo social/crenoterapia: Abordagem baseada na indicação e uso de águas minerais de forma complementar aos demais tratamentos de saúde. Destaca-se que o Brasil dispõe de recursos naturais e humanos ideais ao seu desenvolvimento no SUS.

Medicina antroposófica: Apresenta-se como abordagem médico-terapêutica complementar, de base vitalista, cujo modelo de atenção está organizado de maneira transdisciplinar, buscando a integralidade do cuidado em saúde. Entre os recursos terapêuticos que acompanham a abordagem médica, destaca-se o uso de medicamentos baseados na homeopatia, na fitoterapia e outros específicos da medicina antroposófica. Integrado ao trabalho médico está prevista a atuação de outros profissionais da área da saúde, de acordo com as especificidades de cada categoria.