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Saúde discute diretrizes para implantar o Comitê de morte materna, infantil e fetal

18/10/2007 17:24:09 - Jornalista: Genimarta Oliveira

Profissionais de saúde e representantes da sociedade civil organizada ligados à área se reuniram, nesta quinta-feira (18), no auditório da Guarda Municipal para discutir as diretrizes da implantação do Comitê municipal de morte materna, infantil e fetal.

Representando o Comitê estadual a médica Luciane Santiago fez um breve apanhado das estatísticas de mortalidade materna e infantil no estado. Na ocasião, ela ressaltou que Macaé é um dos municípios do estado com menor taxa de mortalidade infantil, além disso, vem reduzindo o número de gravidez na adolescência. A médica aponta que na Região Norte do estado também houve uma diminuição no número de morte materna, em 2004, foram 13 e, em 2005 o número caiu mais da metade, com seis registros.

- A criação do comitê tem mostrado uma importante estratégica de redução do óbito materno, além de contribuir para a melhoria dos registros dos óbitos maternos e da qualidade da assistência prestada à mulher grávida. Macaé está de parabéns por entender a importância da criação do comitê na melhoria da qualidade de vida da população – disse.

Luciene acrescentou que o comitê não tem caráter punitivo, e sim educativo que visa através da coleta, analise e investigação às declarações de óbitos de mulheres de 10 a 49 anos e de crianças ocorridos no município, por meio dos prontuários e visitas domiciliares, identificar as causas, evitando que outras pessoas passem pelo mesmo problema.

A médica Elenice do Carmo Almeida, também representante do Comitê estadual, disse que a mortalidade materna é quase que na sua totalidade evitável, através de um bom pré-natal e atendimento no parto.

A gerente do Programa de Atenção Integral à Saúde de Mulher, Vanja Beatriz, ressaltou que os dados mostram o resultado dos trabalhos desenvolvidos pelo município no cuidado com a mulher e a criança. “A rede municipal de saúde conta com uma boa estrutura na área de pré-natal com serviços diversificados. As mulheres com gestação de grande risco têm acompanhamento rigoroso durante a gravidez, o parto e o puerpério. Com este trabalho conseguimos diminuir a incidência das patologias que podem levar a morte materna ou fetal”, completou.

A coordenadora do setor de Epidemiologia da Semusa, Edna Cerantes, lembrou que existe um grupo de profissionais que já realiza as investigações de doenças e óbitos no município. “Com a implantação do comitê estamos cumprindo uma legislação e garantindo propostas para diminuição da mortalidade”, concluiu.