Foto: Arquivo Kaná Manhães
Segundo CCZ, resultado mantém Macaé em alerta e população precisa colaborar
O resultado da pesquisa do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizada já no início deste ano, foi divulgado na quarta-feira (19), pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria de Saúde de Macaé. De acordo com o coordenador do CCZ, Rogério Lemos, o resultado mantém a cidade em situação de alerta.
O LIRAa apresentou um índice de Infestação Predial médio da cidade de 1,6%, condição considerada de alerta pelo Ministério da Saúde. Para a realização da pesquisa, a cidade foi dividida em 12 áreas, chamadas de estratos, abrangendo todas as 47 localidades.
Dos bairros pesquisados, quatro foram classificados como de alto risco para a infestação do mosquito: Nova Esperança, Nova Malvinas, Visconde de Araújo e Costa do Sol. A pesquisa apontou que os depósitos predominantes nestes bairros são de armazenamento de água ao nível do solo, o que caracteriza o abastecimento irregular de água nestas áreas.
Segundo Rogério, uma das primeiras medidas será a articulação da Secretaria de Saúde junto à Companhia Estadual de Abastecimento e Esgoto do Rio de janeiro (Cedae), visando ampliar a rede e regularizar o fornecimento.
O resultado da pesquisa apontou que os depósitos mais comuns foram de cisternas, caixas d’ água, tambor e tonel (44,6%), seguido por depósitos fixos (20%), como calhas e ralos sanitários.
Considerando o nível de infestação do vetor em Macaé, a Secretaria de Saúde ressalta a importância do envolvimento da população para o controle dos depósitos nos imóveis residenciais e comerciais, assim como do poder público, nas áreas de sua responsabilidade.
Ações – Rogério acrescenta que os resultados obtidos neste LIRAa indicam a necessidade de se manter as ações de prevenção da doença, já que o vetor encontra-se presente em muitos bairros da cidade, embora em baixas densidades. Entre as ações, estão a intensificação das campanhas de comunicação social, com divulgação e atividades educativas, e monitoramento dos pontos estratégicos (visitas de rotina), com eventual aplicação de larvicida naqueles de alto risco.
Na próxima semana os agentes de endemias irão percorrer os bairros onde foi detectado um alto índice de infestação de larvas do mosquito. Além do trabalho de campo, com visitas as residências para eliminação de criadouros e tratamento, será feito o trabalho com o carro UBV (fumacê), pulverização com a máquina termonebulizador pro-fog e mutirões intersetoriais nas áreas em risco e alerta.
- As visitas dos agentes têm papel fundamental na divulgação do conhecimento e controle do vetor, porém, somente através de uma rede envolvendo população e poder público, atuando nos ambientes domiciliares e locais de trabalho e eliminando fatores de risco para a presença do vetor, conseguiremos minimizar os riscos, disse Rogério.