A secretaria de Saúde de Macaé, em parceria com a Associação Macaense de Deficientes Auditivos (AMADA) e a Irmandade São João Batista, implantou no município o Programa de Triagem Auditiva Neo-natal (teste da orelhinha) que tem como objetivo fazer o diagnóstico e tratamento precoce das deficiências auditivas.
Segundo o secretário de saúde, Fernando Diogo, em pouco mais de 20 dias de implantação do programa foram realizados 70 atendimentos. “O teste da orelhinha é o método mais moderno para o diagnóstico de problemas de surdez nos recém-nascidos”, garantiu.
A fonoaudióloga especialista em audiologia, Flávia de Miranda Fernandes, acrescenta que quanto mais precoce se descobre problemas auditivos na criança mais eficiente se torna o tratamento. Ela explica que todas as crianças que nascem na Irmandade São João Batista pelo SUS fazem o teste da orelhinha.
De acordo com Flávia, o exame, realizado por um fonoaudiólogo, é indolor e avalia o ouvido interno (cóclea) do bebê enquanto ele dorme. Quando algum problema é detectado é feita nova avaliação e caso seja confirmada a deficiência auditiva a mesma é encaminhada ao otorrinolaringologista para exames complementares como audiometria comportamental, exame de emissão otoacústica e o Bera, totalmente custeado pela Prefeitura de Macaé.
- Se houver indicação médica o bebê deverá utilizar o aparelho auditivo imediatamente ou ser encaminhado para o Centro de Implante Coclear, que fica na cidade de Bauru, interior de São Paulo. É uma nova tecnologia que possibilita grande benefício na percepção auditiva dos sons. Pesquisas recentes provam que a intervenção fonoaudiológica, antes dos seis meses, proporciona à criança deficiente auditiva desenvolvimento de linguagem muito próximo ao da criança ouvinte -, ressaltou.
Após passar por todo o processo, a criança e a família são encaminhadas para a AMADA onde receberão assistência psicológica, social, pedagógica e fonoaudiológica. “É importante que todos os bebês façam o teste da orelhinha, pois alguns dados mostram que a incidência de surdez é três vezes maior do que as doenças detectadas no teste do pezinho”, disse Flávia.
A fonoaudióloga explica que as crianças maiores também podem fazer o teste e receberão toda a assistência da rede municipal de saúde.