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Saúde orienta sobre esporotricose em animais e humanos

28/06/2022 11:37:00 - Jornalista: Elis Regina Nuffer

Doença acomete gatos e cães

“Precisamos falar sobre esporotricose”. O nome pode parecer estranho a muita gente, porém, quem tem animal sabe do que se trata. É uma zoonose transmissível de animais para homens e vice-versa, causada por fungos que vivem no solo e nas plantas e acomete, principalmente, os gatos, e atinge, também, os cães. A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Gerência de Vigilância em Saúde, iniciou a campanha para informar à população como prevenir, identificar e tratar a doença.

A ação acontece devido ao aumento dos casos de esporotricose animal no Estado do Rio de Janeiro e em Macaé. Este ano, foram identificados 56 casos no município até o dia 30 de abril, contra 34 em todo o ano de 2021. Em gatos e cães é importante evitar que tenham acesso às ruas e à terra e devem ser castrados. Já os humanos devem lidar com o solo sempre usando luvas e também usar luvas ao tratar de animais doentes para se prevenir da infecção.

O fungo da esporotricose é transmitido ao gato/cão no momento em que ocorre o contato das garras do animal com o material orgânico em decomposição contaminado, como cascas de árvores, palha, farpas, espinhos e o solo. Após o fungo instalado, o animal transmite a doença para outros animais e para humanos, através da arranhadura, mordida ou contato direto com lesão prévia ou trauma na pele lesionada.

O animal pode se infectar afiando unhas em árvores ou andando na terra, com penetração do agente nas lesões. Outra forma de contágio ocorre em brigas, através de arranhadura ou mordedura, de animais com lesões de esporotricose ou que possam conter o fungo nas unhas.

Os proprietários desses animais devem ficar atentos aos primeiros sinais clínicos. A doença se caracteriza por lesões na pele, principalmente na região da cabeça e pescoço, porém, pode se apresentar de formas isoladas e, muitas vezes, compromete o sistema nasal, com sinais respiratórios como espirros e secreção nasal.

No ser humano surge uma lesão avermelhada no local da arranhadura, que pode desaparecer ou aumentar de tamanho, e estar acompanhada de outras lesões ascendentes, podendo comprometer a estrutura de nervos, músculos e causar dor no local afetado.

A gerente de Vigilância em Saúde, Elenice Sales da Costa, disse que é importante manter o animal afetado em ambiente separado durante o tratamento para evitar contagiar outros animais. Mesmo grave, a doença tem cura, principalmente, quando diagnosticada no início. O tratamento é feito com o uso de medicamentos antifúngicos, por um período de tempo prolongado.

Elenice explicou que, para o tratamento animal, o responsável deve entrar em contato com a Coordenadoria Especial de Vigilância Ambiental em Saúde (Cevas) para saber a Unidade Básica de Saúde Animal mais próxima de sua residência. O contato também pode ser feito via telefone através do 0800.022.6461. Para o tratamento em humanos, o paciente deve procurar a unidade de saúde mais próxima, onde serão encaminhados para o Serviço de Infectologia no Centro de Especialidades Médicas Dona Alba.

“Ao suspeitar da doença, é importante levar o gato/cão ao veterinário para fazer os exames complementares necessários a fim de diagnosticar a doença e iniciar o tratamento”, orientou Elenice.