Foto: Ana Chaffin
Vacinas estarão disponíveis na rede a partir do mês de agosto.
A Secretaria de Saúde de Macaé, por meio do Programa de Imunização,realizou esta semana treinamento para enfermeiros e técnicos de enfermagem das unidades que receberão as novas vacinas. As vacinas estarão disponíveis na rede a partir do mês de agosto.
A gerente do programa, a enfermeira Claudia Campanati esclarece que serão incluídas a vacina injetável contra a poliomielite - que no Brasil se popularizou a vacina em forma de gotinha - e a pentavalente, que protegerá contra cinco doenças. As mudanças passam a valer em agosto durante a segunda etapa da Campanha Nacional de vacinação contra a pólio, que acontece no dia 18.
Ela explica que a vacina injetável, que é feita com o vírus inativado “morto”, só serão aplicadas para crianças que estão iniciando o calendário de vacinação.
- A nova vacina contra a poliomielite deve ser tomada primeiro aos dois meses de idade. Ela substitui a oral, disse, acrescentando que a vacina injetável volta a ser dada aos quatro meses e a oral aos seis meses e 15 meses.
A adoção do novo produto será feita paralelamente à Campanha Nacional de Imunização, que continuará sendo realizada com as duas gotinhas da vacina oral.
Cláudia acrescenta que a vacina oral tem um grande efeito de mobilização que será mantido, mas a injetável inativada tem uma grande vantagem que é a proteção.
- Embora a oral fosse de risco muito baixo de eventos adversos após a vacinação, foram 46 casos em 20 anos segundo dados do Ministério da Saúde. A proteção passa a ser muito maior nas primeiras doses, onde tinha a maior notificação desses eventos, falou.
Polio - A poliomielite é uma doença infecciosa causada pelo poliovírus, que pode atingir o sistema central e causar paralisia muscular ou até a morte. Uma em cada 200 pessoas infectadas acaba ficando paralisada de forma irreversível. Entre essas pessoas, de 5% a 10% morrem porque os músculos envolvidos na respiração ficam paralisados.
Por causa das campanhas de vacinação contra a doença, realizadas no Brasil há mais de 30 anos, o país não registra casos da doença há mais de 20 anos – o último caso foi confirmado em 1989, na Paraíba. As vacinas são dadas para que o corpo crie uma defesa contra a infecção.
Pentavalente - Outra novidade é a vacina pentavalente, que reúne em uma só dose a proteção contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B). A pentavalente está substituindo vacina tetravalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b).
A vacina esta sendo produzida em parceria com os laboratórios Fiocruz/Bio-Manguinhos e Instituto Butantã. As crianças serão vacinadas aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade. Os intervalos entre as doses são de 60 dias, podendo ser de 30 dias, se necessário.
Com o novo esquema, além da pentavalente, a criança realizará dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche). O primeiro a partir dos 12 meses e, o segundo reforço, entre 4 e 6 anos. Além disso, os recém-nascidos receberão a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 12 horas de vida.