Na última quarta-feira (21), a Sociedade Musical Nova Aurora foi palco da valorização e exaltação da cultura negra. A secretaria Executiva dos Direitos da Mulher (Sedim), vinculada à secretaria Especial de Desenvolvimento Social e Humano (SEMDSH), em parceria com a secretaria Especial de Educação (Semed) e com o Programa de Erradicação do Trabalho (Peti), promoveu, das 14h às 18h, uma série de atividades para saudar o Dia Nacional da Consciência Negra, comemorado no dia 20.
A programação foi variada, contando com apresentação de danças africanas, capoeira, teatro, penteados afros, exposição de livros, cartazes e redações alusivas ao Dia Nacional da Consciência Negra. Os trabalhos voltados ao tema foram confeccionados por estudantes da Escola Municipal Joaquim Luiz Freire Pinheiro e por bolsistas do Programa de Erradicação do Trabalho (Peti), que também apresentaram redações. No final do evento houve premiação de três redações que mais destacaram-se pela originalidade e criatividade.
A Secretária Executiva dos Direitos da Mulher, Vânia Deveza, disse que um dos objetivos desta ação foi conscientizar os alunos das escolas de que não devem existir preconceito contra a raça negra. Ela reforçou que no caso da mulher negra, sobe duas vezes o preconceito: primeiro por ser mulher e segundo por ser negra. Vânia falou ainda sobre a importância da divulgação e valorização da cultura negra.
Sob o comando do Mestre Grande, os alunos do Peti fizeram duas apresentações de danças de origem africana: Maculelê e Puxada de Rede e ainda uma roda de capoeira. A animação das crianças contagiou a todos que passavam na Avenida Rui Barbosa, próximo à Nova Aurora. As alunas do curso de capacitação em cabeleireiras, promovido pela Sedim, e o cabeleireiro Orlando Silva, fizeram penteados afros naqueles que quiseram conhecer um pouco mais da cultura afro-brasileira. A equipe de atores do Programa de Educação e Saúde da Secretaria Especial de Saúde (Semusa) apresentou esquete com a temática sobre “A mulher e suas previsões”, focando a mulher no mundo atual.
Redações premiadas dos alunos do Peti
Eu e você
Eu e você um de cada cor,
Mas, todos devemos ter amor.
Eu e você moça e rapaz,
Mas todos cheios de amor e paz.
Eu e você não somos tão diferentes,
Porque todos nós temos dentes.
Eu e você não somos tão parecidos,
Porque todos nós temos seus tempos esquecidos.
Eu e você uns brancos e pretos,
Mas não devemos ter preconceitos.
Davi Borges, 3ª série – 10 anos
Um Brasil Melhor
Eu quero um Brasil melhor. Um Brasil sem violência, sem racismo contra os negros.
Quero as crianças unidas.
Eu quero um Brasil que se entenda com as pessoas, poruqe todos nós somos iguais, mesmo que seja brancos ou negros.
Racismo não.
Yan, 4º anos – 10 anos
O Preconceito
Não poderia ter o preconceito.
Porque o preconceito são palavras feias.
Vou dar um exemplo: chamar os outros de negro.
Chamar os outros de negro preto.
Nós devemos falar coisas boas como,
nós somos iguais, não haverá diferenças,
entre todos nós, somos todos bonitos.
Não haverá diferença entre todos nós,
Somos todos iguais.
Felipe Dias Silva, 4ª série – 10 anos