A Secretaria Municipal de Educação abriu as portas do Colégio Municipal Professor Samuel Brust, na Barra, nesta terça-feira (31), para a apresentação do projeto piloto de Educação Ambiental da Shell do Brasil a alunos da sexta à oitava série. Jogos e brincadeiras, contadores de histórias, teatro e informações sobre pesca predatória e maricultura foram as ferramentas utilizadas para transmitir os conhecimentos relativos a ecossistemas e preservação do meio ambiente.
A bióloga Adriana Saad, da ONG Viva Lagoa, tendo um mapa da região de Macaé, fez uma mini-palestra sobre ecossistemas e a relação entre eles. Em seguida, chamou 20 alunos para um jogo de perguntas e respostas sobre o assunto – 10 meninos e 10 meninas – que movimentaram uma platéia de mais de 100 torcedores. Deu empate. A participação foi quase unânime. Objetivo alcançado.
Os contadores de histórias usaram lendas para falar da realidade que vivemos, enquanto o pescador Fernando Bifó, mediador de aqüicultura da União das Entidades de Pesca e Aqüicultura do estado do Rio de Janeiro – UEPA - falou da pesca predatória. “Em regiões onde a poesca é escassa, existem outras opções, como a maricultura. Em Arraial do Cabo já existem três fazendas marinhas em atividade, com emprego direto para 30 famílias”, informou. Uma peça de teatro enfocou a união das populações contra projetos imobiliários que produzam impacto predatório no solo e meio ambiente.
“É importante que filhos de pescadores conheçam mais profundamente aspectos do meio ambiente, como preservá-lo, e levar esse conhecimento para os pais, para a família que exerce a atividade pesqueira”, disse a gerente de Comunicação Social da Shell Brasil, Nara Borges. Segundo ela, o projeto alcançará mais de uma escola dos 10 municípios que abraça – Arraial do Cabo, Cabo Frio, Búzios, Macaé, Campos, Carapebus, Quissamã, Rio das Ostras, São João da Barra, Casimiro de Abreu – e do Farol de São Tomé, distrito de Campos.
Paulo Rezende, sociólogo da HABTEC, empresa prestadora de serviços de consultoria de meio ambiente, contratada pela Shell, falou do trabalho desenvolvido para se chegar a esse projeto piloto. “Após mapeamento do espaço físico, análise biológica e sócio-econômica da região, todos os problemas levantados, são propostas medidas potencializadoras como a qualificação de mão de obra da região, além da educação ambiental como medida compensatória para as perdas da atividade pesqueira”, acentuou.