Secretaria de Trabalho e Renda divulga balanço de 2006

05/01/2007 16:51:51 - Jornalista: Alexandre Bordalo

Com o objetivo de avaliar as atividades desenvolvidas em 2006 e planejar ações para 2007, assessores, gestores e membros da equipe da secretaria municipal de Trabalho e Renda se reuniram durante toda esta semana. Coordenando as reuniões, o secretário Cláudio Bogado disse que a intenção dos encontros foi promover melhorias em prol do atendimento do trabalhador de Macaé. “Identificamos os pontos fortes da gestão, reafirmando o investimento nas ações, buscando superar dificuldades apresentadas através de alternativas de desenvolvimento social”, afirmou Bogado.

Um dos pontos fortes das reuniões, que terminaram nesta sexta-feira (05), foi a conscientização do crescimento consolidado de diversos programas. Entre eles estão a Central de Atendimento Especial em Trabalho (Caet), que tem gerência sobre o Posto de Atendimento ao Trabalho (PAT), o Programa Sem Fronteiras, a Incubadora de Cooperativas, o Centro de Solidariedade e Desenvolvimento Profissional (CeSDP), além do Programa Macaé Primeiro Emprego (PMPE), do Setor de Eventos e do Programa de Desenvolvimento da Região Serrana.

Incubadora de Cooperativas

A gerente executiva da Incubadora de Cooperativas, Aline Azeredo Barbosa, enumerou atividades desenvolvidas em 2006. Por exemplo, o curso de aperfeiçoamento para as cooperativas incubadas (garçons e costureiras) e para grupos produtivos. Em maio, aconteceu o Primeiro Encontro do Dia do Trabalhador no Parque de Exposições Latiff Mussi Rocha, quando cerca de 500 participantes, oriundos de comunidades (Associações de Moradores e Grupos Produtivos) do setor Vinho (Lagomar, Vila Piracema e outras), expuseram seus trabalhos e participaram de atividades artísticas.

Já em julho, a Incubadora promoveu a inauguração do Restaurante Escola, do Projeto Hotelaria Incubadora Escola, resultado de parceria com diversas empresas. Segundo Aline, o objetivo do projeto foi proporcionar aperfeiçoamento de cerca de 300 trabalhadores da hotelaria offshore e mais de 100 pessoas da comunidade. Estes foram devidamente qualificados em camareiro, gerente de restaurante, garçom, ajudante de cozinha, cozinheiro, chefe de cozinha e padeiro.

A Incubadora também promoveu o projeto Encontro Macaense de Economia Popular Solidária, em dezembro de 2006. O objetivo foi fortalecer e divulgar a economia solidária e sensibilizar potenciais parceiros a abraçarem a idéia de uma política integrada. Houve participação de diversos grupos produtivos atuantes no município. Foram parceiros diversos órgãos governamentais.

Caet e PAT

Coordenada por Suze Ferreira, a Central de Atendimento Especializada em Trabalho (Caet) conseguiu em 2006 o apoio de 510 instituições parceiras cadastradas – empresas privadas e órgãos governamentais. Dessa forma, cerca de 4.900 vagas de trabalho, além de oportunidades para qualificação profissional, foram geradas. “Sempre buscamos priorizar as vagas para moradores de Macaé”, enfatiza Suze.

Vinculado à Caet, está o Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT), cuja função é funcionar como uma unidade descentralizada da Central, nos postos do Macaé Facilita da Barra e de Córrego do Ouro. “Da mesma forma que na Caet, nos postos há encaminhamento para vagas de emprego e para cursos de qualificação, além de emissão de carteiras de trabalho”, diz a coordenadora.

CeSDP

O Centro de Solidariedade e Desenvolvimento Profissional (CeSDP) vai funcionar no Centro da cidade. Segundo a assessora Sandra Camargo, o CeSDP visa promover cursos de qualificação que atendam as demandas do mercado de trabalho macaense. Serão 18 salas e quatro laboratórios, onde haverá capacidade para atender a cerca de 1.500 pessoas, nos turnos da manhã, tarde e noite. “Tudo isso está previsto para o primeiro semestre de 2007”, garante Sandra.

PMPE

O Programa Macaé de Primeiro Emprego (PMPE) é coordenado por Dilma Negreiros, e foi iniciado em maio de 2006. Seu objetivo é focalizar o primeiro emprego. Para isso, a prefeitura, por meio da Semtre, firmou convênio com o Ministério do Trabalho e Emprego, atendendo três mil jovens, com idades entre 16 e 24 anos, oferecendo-lhes qualificação sócio profissional.

Setor de Eventos

Sob a coordenação de Fernando Damasceno, o Setor de Eventos atendeu a cerca de 5.600 pessoas nas cinco edições do Macaé Cidadão, quando um bairro inteiro é alvo de atividades do setor público, como secretarias e fundações municipais. De acordo com Fernando, os trabalhos oferecidos foram emissões de carteira de trabalho, certidões de nascimento, de óbito, além do cadastramento para emprego para jovens e disseminação de diversos programas da Semtre, como o Programa Sem Fronteiras e outros.

- Além disso apoiamos eventos vinculados ao Sindicato de Técnicos e Industriais (Sintec), de nível médio, englobando RJ e ES – conta o coordenador. Ele acrescenta que o Setor também incentivou as PPP’s (Parcerias Público-Privadas), além de gerenciar ciclo de palestras voltadas para a inserção e qualificação profissional em várias instituições de Macaé. O Setor de Eventos também estimulou a responsabilidade social por parte de empresas privadas, além de apoiar ações dos projetos e programas da Semtre.

Programa Sem Fronteiras

A coordenadora do Programa Sem Fronteiras, Carla Sancho Brasil, disse que o objetivo deste é acompanhar jovens com idades entre 16 e 24 anos, qualificando-os e inserindo-os no mercado de trabalho. O foco está presente na juventude cujas famílias vivem em situação de vulnerabilidade social. O acompanhamento se dá em termos psicológicos, pedagógicos e sociais. “No ano passado, orientamos 176 jovens”, conta Carla.

Ela lembra que a qualificação acontece através de parcerias com instituições públicas e privadas. Dos 176, 26 jovens trabalham no setor privado, 27 estão inseridos no Programa Petrobras Jovem Aprendiz, 54 recebem qualificação no Programa Primeiro Emprego, 14 já trabalham em diversas empresas em cumprimento à Lei de Aprendizagem e os demais são acompanhados pelo Programa.

Programa de Desenvolvimento da Região Serrana

A finalidade deste Programa é estimular a geração de trabalho e renda, a partir de um projeto de desenvolvimento local, que aproveite as vocações naturais e as atividades produtivas da região serrana. Conforme disse o coordenador do programa, Robério Fernandes Dias, em setembro de 2005 houve curso para empregadores no Sana sobre qualidade e atendimento relacionados a relacionamentos profissionais. Na ocasião, diversas secretarias municipais foram articuladas para atuar na região.

- No início de 2006, realizamos pré-diagnósticos dos potenciais dos distritos de Córrego do Ouro, Trapiche, Glicério, Frade, Serra da Cruz, Sana e Bicuda – informa Robério. Ele acrescenta que foram levantadas as potencialidades dessas comunidades, havendo descoberta das vocações naturais e empreendedoras. Como exemplo, ele citou a agricultura familiar, psicultura, turismo de aventura, turismo ecológico e turismo de negócios.

Já no mês de junho de 2006, atendendo as demandas da região e às determinações do prefeito, organizou-se a Feira Social de Interação, intitulada Cria-Sana, mobilizando empreendedores populares, artesãos, músicos, artistas cênicos e adeptos da agricultura familiar. “Todos podem comercializar produtos da comunidade e resgatar a identidade cultural”, afirma o coordenador.

Está em fase de estruturação terreno de 20 mil metros quadrados, cedido pela administração municipal, onde funcionará a Feira em 2007. Robério conta que a Associação de Artesãos do Sana recebeu apoio da Semtre em prol da legalização, através da Incubadora de Cooperativas, que ofereceu subsídios para a legalização. Assim, cerca de 40 artesãos do local formarão a Sanarte.

Por intermédio do projeto Canta Sana, músicos apresentam-se nos bares da comunidade, atraindo turistas e incrementando a cultura local. A Fundação Macaé de Cultura e a Secretaria de Governo também colaboraram neste projeto. Já o primeiro emprego na região serrana proporcionou 410 vagas (recepcionistas, guias turísticos, auxiliares de escritório, trabalhadores no cultivo regional – que promovem replantio nas matas ciliares – e artesãos. Isso deu-se para jovens com idades entre 16 e 24 anos, das comunidades de Bicuda, Sana, Córrego do Ouro e Glicério.