Foto: Rui Porto Filho
Entre os assuntos, foram abordados o racismo estrutural e abordagens policiais
Com o objetivo de destacar protocolos e ações voltadas para as relações étnico raciais dos jovens em Macaé e as forma de abordagem, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial realizou, recentemente, um encontro específico com o professor Paulo Henrique Dantas e representantes da Polícia Militar e órgãos como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Macaé), Secretaria de Saúde, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Coordenadora de Políticas para a Juventude de Macaé, Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade. Na ocasião, foi criado um grupo de trabalho e firmada a previsão do lançamento de uma capacitação para agentes de segurança em parceria com as universidades.
De acordo com a secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Zoraia Braz, este encontro é de fundamental importância para unir esforços quanto ações voltadas ao racismo estrutural e abordagens policiais.
“O encontro está sendo muito positivo, tendo em vista que foram destacadas opiniões e reflexões que contribuam para abordagens respeitosas”, citou. Ela lembrou ainda que no mês de novembro haverá ações específicas de valorização da história e da cultura afrodescendente. “Estamos aqui pela nossa ancestralidade, pelos que vieram antes de nós”, frisou.
“Este é um momento importante de troca para tratarmos de mecanismos que contribuam com um cenário diferente. Sabemos que a idade do jovem abordado está cada vez mais diminuindo”, ressalta Dantas.
“Temos que observar fragilidades, impactos e aspectos raciais. Este encontro é de suma importância quanto à garantia dos direitos”, afirmaram.
“Sugiro que possamos atuar a partir da criação de um comitê que possa contribuir com as políticas públicas voltadas para a juventude. Em abril, Macaé passou a contar com a atuação dos novos representantes do Conselho Municipal de Políticas Públicas para a Juventude de Macaé, que é um órgão colegiado de caráter consultivo, composto de 24 cadeiras de forma paritária divididas entre a sociedade civil e o poder público. Há alguns anos as juventudes macaenses vêm reivindicando a implementação deste Conselho. A posse do Conselho foi um momento esperado e importante, tendo em vista que o conselho será um dos mecanismos para escutar e entender as necessidades das juventudes”, ressaltou a coordenadora.