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Segunda Parada GLBT de Macaé será no domingo

26/06/2006 17:18:44 - Jornalista: Sonia Braga - MacaéTur

Repetindo o sucesso da primeira edição, no ano passado, que reuniu cerca de oito mil pessoas na Orla dos Cavaleiros, com a presença da cantora Gretchen, a parada GLBT (Gays, lésbicas, bissexuais e travestis) solidificou o município no calendário das 46 cidades que realizam o evento no Brasil. Este ano, o evento acontece, no próximo domingo, dia 02 de julho, e terá no trio-elétrico o glamour do grupo As Frenéticas, que farão um show especial para a ocasião.

Na véspera, dia 1º, a festa começa no Americano Futebol Clube com a temática “Festa de Aquecimento”, e presença da famosa Drag Queen Lola Batalhão e seus Gogo Boys e Girls. O ingresso custa três reais mais um quilo de alimento não perecível. Segundo a Presidente da Ong Milagre da Vidda, Olga Sueli Neme Rios, os alimentos serão revertidos na montagem de cestas básicas, conforme ano passado, quando foram arrecadados três toneladas de alimentos. Ela afirma que as cestas são para doações aos cadastrados na Ong, pessoas que vivem com HIV.

A Segunda Parada GLBT de Macaé tem como tema “Direitos Humanos, Direitos para Todos”, que visa promover a dignidade e a defesa da classe, com o apoio da Empresa Pública Municipal de Turismo-MacaéTur e prefeitura de Macaé. A concentração será a partir das 14h, e saída prevista para às 15h, em frente ao Clube Cidade do Sol, na Av. Atlântica (Praia Campista), seguindo por toda a Orla da Praia dos Cavaleiros.


Evento marca sucesso em 2005


Os bares e restaurantes da praia dos Cavaleiros ficaram lotados, superando as expectativas. Para Ana Maria dos Santos, moradora do bairro Cavaleiros o evento foi um carnaval fora de época. Ela acrescenta que aproveitou para assistir com a família, inclusive sua mãe, de 74 anos, que ficou maravilhada com tanta gente bonita e colorida. “este ano, minhas irmãs e cunhados virão do Rio de Janeiro para assistir aqui, tudo é organizado e tem segurança durante o desfile, nos sentimos em uma grande festa!”, exclamou.


As Frenéticas

Na Música Popular Brasileira encontra-se uma espécie atípica que surpreendentemente se mantém viva até hoje, após marcante sucesso na década de 70. “Trata-se do grupo vocal feminino as “Frenéticas”, que conseguiu a proeza de fazer todo um país dançar em sua própria língua na época da explosão da Disco Music, quando se impunha a música norte-americana nas pistas e rádios do Brasil.

Harmoniosas e deliciosamente musicais as “Frenéticas” ensinaram que era possível abrir as asas e soltar as feras, driblando os anos de chumbo e apostando no pop elegante e de bom gosto. Na contramão de uma indústria esmagada pelo poderio norte-americano este sexteto trouxe alegria e um grito genuinamente brasileiros”. (Miguel Falabella)

O grupo Frenéticas transformou valores, influenciou o movimento de liberação das mulheres, a moda, e o vocabulário, onde o verbo tietar divulgado por elas foi inserido no Aurélio. Enfim, elas ditaram o ritmo da juventude nos anos 70.

Através de pesquisa feita em 2000, foi apurado que a faixa etária dos 10 aos 30 anos conhece e canta os clássicos “Dancin’days” e “Perigosa” apesar de não conhecer a marca “Frenéticas”. Isto se explica porque essas músicas não pararam de tocar durante a ausência do grupo em TVs, cinemas, rádios, festas e pistas, permanecendo no coração dos fãs que insistem para que elas voltem a preencher o espaço deixado vago na MPB até os dias de hoje.

Portanto, a pedidos, as “Frenéticas” com as originais Lidoka, Edyr Duqui e Dhu Moraes acrescidas das novas e carismáticas “cantrizes” Claudia Borioni, Liane Maya e Gabriela Pinheiro, voltam no século XXI com nova, mas fiel formação à banda original, mantendo a identidade musical, vocal e performática, a irreverência e alegria que caracterizam o espírito do grupo, apresentando “hits” dos 70 como Feijão Maravilha, Dancin’days, Perigosa e outros; e inéditas compostas especialmente para elas por contemporâneos como Zeca Baleiro, Gabriel O Pensador, Luis Nicolau e por Ruban Barra, autor de “Dancin’days, além de novas interpretações como Rap do Real de Pedro Luís e Tente outra Vez de Raul Seixas.

Com cara nova, o grupo vem para resgatar sua memória num show de alta qualidade áudio-visual, banhando de prazer um eclético público, apresentando-se para a juventude e saciando a saudade dos fãs dos “dancin’days”. Segundo depoimento de Rita Lee : “As Frenéticas estão voltando para iluminar o apagão existencial ! “.