A Secretaria Municipal de Ambiente (Sema), por meio da Coordenadoria de Biodiversidade, Gestão das Águas e Território - que é responsável pela gestão da Fauna Silvestre do município -, realiza um trabalho de monitoramento e estudo a respeito das diversas espécies de animais da região. E, em parceria com a Guarda Ambiental Municipal, resgata animais silvestres, troca informações em relação à quantidade de apreensões, e faz direcionamento pela equipe técnica a respeito das áreas mais apropriadas para soltura das espécies, na intenção do manejo sustentável das espécies no município.
- Normalmente, diferentes espécies de animais são encontradas e encaminhadas à Sema. Nos últimos meses recebemos atobás e garças (da fauna marinha); gambás, cágados e pacas (do ambiente terrestre); além de pássaros em geral. O último caso foi um macaco Bugio -, afirma o geógrafo e coordenador de Biodiversidade, Gestão das Águas e Território, Sávio Magaldi.
Ele acrescenta que os animais chegam à coordenadoria através da população, que entrega por meios próprios ou aciona a secretaria. "Geralmente, os animais são encontrados debilitados ou mortos. Outra forma é através do setor de Fiscalização, resultado de apreensões em suas ações externas, realizadas em alguns casos com Polícia Civil e Federal", explica.
Ao receber os animais é feito um registro das espécies, a identificação e condições do local encontrado, e também realizado um parecer técnico pelos analistas da coordenadoria. Além de um laudo veterinário, quando necessário.
- O principal objetivo, após essas medidas, é a reintrodução das espécies em seus ambientes, mas isso só ocorre se o animal estiver em boas condições. Caso contrário, as espécies nativas da Mata Atlântica são encaminhadas à Unidade de Conservação Municipal do Parque Atalaia, onde as equipes de técnicos do parque e da Sema realizam os procedimentos de reabilitação dos mesmos até estarem em condições de soltura. Já nas espécies marinhas, existe uma parceria com o CTA Ambiental, empresa responsável pelo resgate e reabilitação da fauna marinha. É feito o procedimento necessário e o encaminhamento -, ressalta.
A realização destes procedimentos mais específicos foi iniciada, em setembro de 2013, e até o momento, mais de 40 espécies já foram atendidas. Além do Instituto Estadual de Ambiente (Inea) as universidades também são parceiras destas ações, auxiliando na identificação das espécies mais exóticas e seus respectivos habitats. A coordenadoria atua em diferentes segmentos; Fauna Silvestre, Gerenciamento Costeiro, Educação Ambiental, Resíduos e Efluentes e Recursos Hídricos. Integram o órgão biólogos, engenheiro florestal, geógrafo e equipe de campo.
Sávio Magaldi recomenda à população que ao encontrar qualquer espécie de animal silvestre entre em contato o mais rápido possível com a Secretaria de Ambiente e com a Guarda Ambiental. Segundo ele, quanto mais tempo o animal ficar em local estranho, maior é o nível de estresse. O resgate pode ser acionado nos telefones (22) 2773-3518 e (22) 99101-9770.
*Com acompanhamento da Secom